Lula está em São Paulo desde terça-feira da semana passada, 9, quando foi levado ao Hospital Sírio-Libanês para uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma na cabeça. Após dois procedimentos, o presidente recebeu alta e seguiu com o acompanhamento médico domiciliar, na capital paulista.
Nesta quinta, retornou ao hospital para a realização de tomografia, cujo resultado foi “extremamente satisfatório”, afirmou o médico. O hematoma que surgiu semanas após o presidente sofrer um acidente doméstico no Palácio do Alvorada em outubro e motivou a cirurgia já não existe mais.
O presidente poderá exercer normalmente as atividades do cargo, como participar das negociações dos projetos em pauta no Congresso. “A parte de cognição está perfeita, pode trabalhar”, informou Kalil. Já a retomada de exercícios físicos dependerá do resultados dos próximos exames. Viagens internacionais também estão, por ora, vetadas.
A médica Ana Helena Germoglio, que seguirá acompanhando o presidente em Brasília, informou que Lula deve repetir em dez dias o exame de imagem na unidade do Sírio-Libanês, na capital federal, onde ele deve passar as festas de final de ano.
A primeira cirurgia a qual Lula foi submetido foi uma “trepanação”, que consiste na perfuração do crânio com o objetivo de acessar o espaço intracraniano para aliviar a pressão, drenando o sangue acumulado no local. O segundo procedimento, realizado dia 12, foi uma espécie de cateterismo para reduzir o risco de novos sangramentos relacionados a hematomas entre a cabeça e o crânio.
No dia seguinte, o presidente fez a primeira aparição pública após as cirurgias, em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram caminhando pelo hospital, após deixar a UTI.