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18/12/2024 às 18h13min - Atualizada em 18/12/2024 às 18h13min

Datafolha: Maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro tentou dar golpe após derrota eleitoral

História de Italo Martins
https://www.msn.com/

©Foto: Agência Brasil
⁠Militares que atuaram no governo de Jair Bolsonaro (PL) e aqueles próximos aos indiciados na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado consideram que a situação do ex-presidente se tornou insustentável após a prisão do general Walter Braga Netto.

Uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (18) pelo Instituto Datafolha indica que 52% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou promover um golpe de Estado após perder a eleição de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros 39% não concordam com essa visão, enquanto 9% disseram não saber responder. Os números mostram pouca variação em relação à pesquisa anterior, realizada em março deste ano.

O levantamento também revelou que a percepção sobre o risco de um golpe de Estado após a eleição de 2022 é alta. Segundo os entrevistados, 43% acreditam que o país enfrentou um grande risco de golpe, enquanto 25% consideram que não houve ameaça significativa. As opiniões variam entre diferentes grupos: pessoas de menor renda e os moradores do Nordeste foram os que mais afirmaram que Bolsonaro tentou um golpe, com 60% e 64%, respectivamente.

A pesquisa ocorre em meio a desdobramentos das investigações sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 e outras acusações contra aliados do ex-presidente. Entre os avanços mais recentes está o indiciamento de Jair Bolsonaro e 36 pessoas pela Polícia Federal, sob acusação de crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. No início de dezembro, o general Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro, foi preso sob suspeita de envolvimento em um plano golpista. Enquanto isso, uma parcela significativa (46%) dos entrevistados ainda acredita que Bolsonaro não participou de tramas para matar autoridades, como o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

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