Lula foi internado no Hospital Sírio-Libanês no dia 9 de dezembro, após sentir dores de cabeça. Ele passou por uma cirurgia no crânio às pressas na madrugada do dia 10 para a drenagem de um hematoma. Lula seguiu internado até o dia 15, quando teve alta hospitalar.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou, por meio de nota, que “os decretos publicados no período em que o presidente Lula estava hospitalizado foram despachados (discutidos) na segunda-feira, 9”. Ainda segundo a nota, o presidente assinou digitalmente decretos enquanto estava internado.
O ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha, em entrevista ao UOL, explicou a dinâmica adotada: “O combinado (é que) tudo aquilo que tenha prazo para sanção, ele (Lula) está assinando. Tem um mecanismo, que quem conduz é a Casa Civil, dessa assinatura”. Outros jornais também publicaram que o presidente despachava do hospital, enquanto se recuperava (aqui). Vale lembrar também que o presidente não se afastou formalmente do cargo. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, assumiu apenas os compromissos formais de Lula.
“A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República lamenta a disseminação de informações falsas, teorias conspiratórias e achismos com o intuito de desinformar a população”, completou a Secom ao Verifica.
Presidente estava cognitivamente bem, disseram médicos
Os conteúdos virais como o aqui checado sugerem que Lula não estaria em condições de realizar as funções que lhe cabem. No entanto, o médico Rogério Tuma, durante coletiva de imprensa no dia 12 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, disse que ele estava “cognitivamente bem” e “apto”.
“Ele está normal. O exame neurológico dele é normal. Ele está muito bem e apto a praticar qualquer ato de vida civil, ato de manutenção da vida, ele está cognitivamente íntegro. A recomendação médica é que ele não se esforce nem física e nem mentalmente, então a solicitação é que ele não trabalhe enquanto está no hospital e não passe nenhum estresse”, explicou, após um jornalista questionar se o presidente estava trabalhando da unidade médica. (confira aqui, a partir do minuto 14:59).
O Estadão Verifica também já mostrou que os procedimentos realizados em Lula permitem uma recuperação rápida, por ser pouco invasivo e pouco agressivo.