Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília foram retirados da Esplanada dos Ministérios pelas forças de segurança, após terem causado estragos e provocado cenas de vandalismo em locais históricos da capital federal.
Por volta das 20h, após mais de cinco horas de tumulto e depredações, os criminosos foram retirados do local por ação dos policiais. Foram usadas bombas de efeito moral, por exemplo, para garantir que os vândalos fossem retirados da região.
Segundo o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), mais de 400 pessoas já foram presas pelos crimes cometidos no centro do poder em Brasília neste domingo (8).
“Venho informar que mais de 400 pessoas já foram presas e pagarão pelos crimes cometidos. Continuamos trabalhando para identificar todas as outras que participaram desses atos terroristas na tarde de hoje no Distrito Federal. Seguimos trabalhando para que a ordem se restabeleça”, afirmou o governador em sua conta no Twitter.
Antes da ação das forças de segurança, os criminosos depredaram as sedes do Legislativo, do Judiciário e do Executivo federais. Vidros do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) foram quebrados pelos bolsonaristas, que, então, entraram nos três prédios. Foram danificados vários itens e locais históricos.
No Congresso, uma obra de arte do escultor ítalo-brasileiro Victor Brecheret chamada “Bailarina” está desaparecida, por exemplo. Os salões azul e verde do Senado e da Câmara, ambientes característicos das duas Casas, foram danificados.
No Supremo, o dano foi maior. Os bolsonaristas quebraram os vidros e invadiram o plenário da Corte. O sistema de alerta de incêndio foi ativado e todo o ambiente ficou danificado. Cadeiras foram depredadas. Há registros em vídeo até de um criminoso defecando em uma das salas do prédio. Apoiadores bolsonaristas chegaram a retirar a porta do armário das togas com o nome do ministro Alexandre de Moraes.
No Planalto, os vândalos destruíram computadores, mesas, cadeiras e obras de arte. No térreo, os retratos dos ex-presidentes foram depredados. Gabinetes em todo o prédio foram invadidos e destruídos. Segundo o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, os bolsonaristas roubaram armas letais e não letais que pertenciam às equipes de segurança do prédio.
Boleto chegando: Desordeiros sendo encaminhados a Delegacia no DF após atos de vandalismo.