MENU

De Olho Alagoas Publicidade 1200x90
23/11/2024 às 18h09min - Atualizada em 23/11/2024 às 18h09min

Bolsonaro identificado em relatório da PF como chefe do golpe

A denúncia, que torna Bolsonaro oficialmente indiciado no processo, detalha o envolvimento do ex-presidente no plano para assassinar o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época, o ministro do STF Alexandre de Moraes.

História de CdB
https://www.msn.com
O ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid entregou tudo à Justiça, na delação premiada em curso
Por Redação – de Brasília
 

Nas 884 páginas do relatório final da Polícia Federal (PF) sobre o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro, o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) tem posição de destaque, como o “líder” da organização criminosa formada por 37 suspeitos, a maioria militares. O documento encontra-se no Supremo Tribunal Federal, para despacho.

A denúncia, que torna Bolsonaro oficialmente indiciado no processo, detalha o envolvimento do ex-presidente no plano para assassinar o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época, o ministro do STF Alexandre de Moraes, com o objetivo de instalar uma nova ditadura no país, sob sua liderança.

Bolsonaro, de acordo com trecho do relatório a que teve acesso o canal norte-americano de TV CNN “permeou por todos os núcleos” da organização criminosa, atuando de forma direta na desinformação dos eleitores e nos ataques ao sistema eleitoral. A investigação aponta que o objetivo central da organização era impedir a posse de Lula e garantir a continuidade do governo derrotado nas urnas.

Núcleos

A denúncia descreve uma rede articulada em seis núcleos principais: o

 Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; o Núcleo de Incitação a Militares para Adesão ao Golpe de Estado; o Núcleo Jurídico; o Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; o Núcleo de Inteligência Paralela; e o

Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

Embora esteja diretamente envolvido na disseminação de notícias falsas, entre outros métodos de desinformação, Bolsonaro transitava por todas as áreas da estrutura criminal, consolidando-se como o principal articulador do grupo, segundo apurou a PF.


Bolsonaro reage a indiciamento: “É na PGR que minha luta começa”

O relatório detalha, ainda, as tentativas de assassinato contra Lula, Alckmin e Moraes’; além do planejamento para a tentativa de deslegitimar do processo eleitoral. Os atos teriam ocorrido entre novembro de 2022 e janeiro do ano seguinte, com a invasão às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Indiciados

O ex-presidente encabeça a lista com outros 37 indiciados pela PF; entre eles os ex-ministros como Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (GSI) e Anderson Torres (Justiça). Outros nomes incluem o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, também consta entre os indiciados.

Todos os envolvidos na intentona cívico-militar foram enquadrados nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado e organização criminosa. A PF descreveu a organização criminosa como uma estrutura organizada com divisão de tarefas, o que permitiu uma operação coordenada contra as instituições democráticas.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
De Olho Alagoas Publicidade 1200x90