Após ser empossado como presidente da República em sessão solene no Congresso Nacional, em Brasília, na tarde deste domingo (1º), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu a faixa presidencial. O momento aconteceu no Palácio do Planalto.
A entrega da faixa quebrou os protocolos e, pela primeira vez, um grupo de pessoas foi escolhido para fazer a condecoração de Lula com o objetivo de representar o “povo brasileiro”. Veja quem são os representantes da população:
Além dos convidados, a cachorra “Resistência”, adotada quando Lula ficou preso em Curitiba, também subiu a rampa do Planalto.
Como não participou da cerimônia de posse do seu sucessor, Jair Bolsonaro (PL) não cumpriu o rito de entregar o adereço. O ex-presidente, que foi derrotado nas eleições de outubro e desde então fez poucas aparições públicas, viajou para os Estados Unidos em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) na sexta-feira (30).
Já o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), eleito senador pelo Rio Grande do Sul, já havia dito que não passaria o item. “Não sou presidente e não vou botar a faixa em Lula”, falou ele em entrevista ao jornal Valor Econômico em novembro.
Existiam as possibilidades de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e do Congresso Nacional; Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara; ou um cerimonialista entregar a faixa presidencial ao presidente eleito, conforme informou a coluna da jornalista Malu Gaspar, no jornal O Globo.
Em 2003, Lula recebeu a faixa das mãos de FHC e, em 2011, entregou o item para sua sucessora, Dilma Rousseff.
Antes de receber a faixa presidencial, Lula tomou posse como presidente da República em sessão solene do Congresso Nacional. Ele prometeu união, falou em reconstruir o "Brasil para todos", além de exaltar a democracia.
"O mandato que recebemos, frente a adversários inspirados no fascismo, será defendido com os poderes que a Constituição confere à democracia. Ao ódio, responderemos com amor. À mentira, com verdade. Ao terror e à violência, responderemos com a Lei e suas mais duras consequências", falou.
"Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: ditadura nunca mais! Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: democracia para sempre!", completou.