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27/08/2022 às 20h53min - Atualizada em 27/08/2022 às 20h53min

Sainz sorri com punições e herda pole do GP da Bélgica. Verstappen é mais rápido

No meio de um monte de punições, inclusive para os líderes do campeonato, Carlos Sainz levou a melhor e conquistou o direito de largar na ponta do GP da Bélgica

Pedro Henrique Marum, do Rio de Janeiro
https://www.grandepremio.com.br/
Por: planetf1.com
Um atraso para reparos de segurança, um festival de punições e a primeira colocação do grid do GP da Bélgica de Fórmula 1 acabou mesmo assim em mãos mais conhecidas na temporada 2022. Neste sábado (27), em Spa-Francorchamps, a posição dianteira não escapou das duas principais equipes do grid. Max Verstappen sobrou e foi o mais rápido, mas estava punido. Assim, é Carlos Sainz quem larga na dianteira no domingo.

Desde o começo da classificação e, na verdade, o terceiro treino livre já dera demonstração, ficou claro que a 
Red Bull tinha ampla vantagem para a Ferrari em Spa. Na prática, ficou claro. O ritmo de Verstappen era impressionante. Não teve competição para ele, mas Sergio Pérez, que também vinha bem, não aproveitou na hora decisiva. Ficou em terceiro na pista, atrás de Sainz, que conseguiu roubar uma pole de fato para a Ferrari.

 

O tempo da pole na pista foi de 1min43s665, de Verstappen, um absoluto estouro. Sainz terminou 0s632 atrás, distante, mas fez o que precisava: bater Pérez. Isso graças à primeira volta rápida do Q3, porque nem mesmo com ajuda do vácuo de Charles Leclerc melhorou a volta na última chance. A sorte foi que Pérez também não. O mexicano nem recebeu a tentativa de auxílio de Max.

Leclerc foi o quarto colocado na pista, seguido por Esteban OconFernando Alonso, Lewis Hamilton, George Russell, Alexander Albon e Lando Norris. Com todas as punições, porém, o top-10 da pista na hora da largada será Sainz, Pérez, Alonso, Hamilton, Russell, Albon, Daniel Ricciardo, Pierre Gasly, Lance Stroll e Sebastian Vettel.

Max Verstappen foi o mais rápido da classificação (Foto: Red Bull Content Pool)

O começo da classificação da Fórmula 1 estava marcado para as 11h de Brasília [16h de Bruxelas], mas não foi isso que aconteceu na prática. Um acidente no evento preliminar, uma corrida da Porsche Supercup local, danificou a barreira de proteção. Os pilotos responsáveis foram Harry King e Howard Blank, mas o importante é que deu uma dor de cabeça e tanto. O horário teve de ser empurrado em 25 minutos.

Para aproveitar o buraco na programação, a Fórmula 1 tinha muitas punições a repassar. A situação era a seguinte: Valtteri Bottas tinha uma punição de 15 posições e outra de cinco posições no grid, enquanto Max Verstappen, Charles Leclerc, Lando Norris, Esteban Ocon, Mick Schumacher e Guanyu Zhou contavam com punições que obrigavam a todos eles a largar no fim do grid.

Desta forma, independente do que acontecesse na pista, Bottas seria o 14º colocado na largada, enquanto os seis outros pilotos largariam entre as posições 15 e 20 na ordem que terminassem na pista. Os 13 pilotos restantes ficariam, assim, nas primeiras 13 colocações.

Alexander Albon avançou ao Q2 (Foto: Williams)

Q1 – Verstappen sobra muito e seis dos punidos avançam para Q2

Novo horário atingido e pit-lane aberto. Nicholas Latifi e Mick Schumacher foram os primeiros a tomar a pista, mas não havia pressa geral das equipes. O canadense fez uma volta de instalação e retornou aos boxes, enquanto Schumacher se transformou no primeiro piloto a anotar tempo. Importante já que Mick teve problema de sensores no TL3 e deu somente seis voltas. O carro quicava bastante na pista.

Aos poucos, depois dos primeiros quatro minutos, a pista foi enchendo. As duas Mercedes saíram bem como as Ferrari, Red Bull e Alfa Romeo. Agora, sim, havia movimento. Era necessário compreender, também, que as voltas em Spa são longas e, desta maneira, daria para anotar tempo poucas vezes por parte da classificação.

Somente com dez minutos pela frente é que as outras voltas começaram a aparecer. Verstappen andou em 1min44s581 para assumir a ponta. Carlos Sainz grudavam em segundo, enquanto Sergio Pérez aparecia 0s8 atrás de Verstappen, em terceiro. Charles Leclerc era o quarto e as duas Alpine vinham atrás. Verstappen sobrava naquele momento, com 0s5 de liderança.

Mercedes não tinha sossego. Lewis Hamilton era 15º após a primeira volta rápida, ao passo que George Russell era um pouco melhor, mas só décimo. Sem tempo a perder, foram a primeira dupla a emendar uma segunda volta rápida: Hamilton subiu para 11º e Russell nem melhorou o que fizera antes.

A pista, então, ficou praticamente vazia, com as equipes preferindo soltar os pilotos com menos de quatro minutos para o fim. Era o tempo de uma volta de preparação e uma rápida. As Red Bull e Ferrari nem saíram para a resolução.

Apesar das dificuldades, a Mercedes avançou. Russell foi para o quinto posto, seguido por um impressionante Alexander Albon, da Williams, e Hamilton. Entre os punidos com o fundo do grid, todos avançaram. O único que não passou foi o que tinha menos punição, Bottas, que andou pouco e ficou em último na pista. A posição de largada não muda, é o 14º lugar.

Os outros eliminados do Q1 foram Sebastian Vettel, Latifi, Kevin Magnussen e Yuki Tsunoda, que errou e saiu da pista na volta decisiva. Desta maneira, dava para definir onde largariam. Os cinco eliminados ficariam religiosamente na mesma ordem, até Bottas. Vettel em décimo, seguido por Latifi, Magnussen, Tsunoda e, no comentado 14º posto, Bottas.

Charles Leclerc ponteou a segunda parte da tomada de tempos (Foto: Ferrari)

Q2 – Leclerc supera Verstappen, mas Red Bull sequer vai para última chance. Albon brilha

Diferente do Q1, o Q2 começou com uma procura firme pela pista. Somente Leclerc e Ricciardo não saíram num primeiro momento, mas o traçado estava cheio de qualquer maneira. Hamilton foi o primeiro a sair e a garantir uma volta rápida, embora ainda alta, em 1min46s6. Era claro que a Mercedes tinha problemas.

Verstappen, ao contrário, deixava claro que seria franco favorito à pole se não estivesse punido. Logo de saída fez 1min44s723. Pérez foi bem e ficou somente 0s073 atrás de Max, enquanto estava 0s7 atrás. Diferença enorme entre Red Bull e Ferrari.

Novamente, a pista ficou totalmente silenciosa depois das primeiras voltas. Leclerc reclamou que a Ferrari se comportava de maneira estranha em algumas curvas, talvez por isso ainda sofria para tirar ritmo do bólido, mas era isso. Restava esperar as tentativas finais, mas a Mercedes novamente aparecia na bolha para classificar.

O que as equipes fariam com os pilotos punidos que ainda contavam com os companheiros para ajudar? Se a expectativa era de que dariam vácuo, não foi o que acabou acontecendo. Talvez por conta da grande quantidade de pilotos punidos, ninguém queria simplesmente abrir a porta voluntariamente para perder mais cinco posições.

Verstappen e Pérez nem saíram e acabaram batidos por Leclerc, que rodou em 1min44s551 e tomou a ponta. Sainz foi o quarto colocado. Hamilton e Russell, no fim das contas, subiram para quinto a sexto, ao passo que os punidos Ocon e Norris, respectivamente em sétimo e nono, foram melhores que os companheiros. Alonso ficou em oitavo, enquanto o impressionante Albon foi ao décimo posto.

Desta feita, ficaram na zona de eliminação Ricciardo, Gasly, Zhou, Stroll e Schumacher.

Assim, o que dava para saber era que Zhou seria 19º e Schumacher sairia na 20 e última colocação. Na frente destes, Stroll larga em nono, ao passo que Gasly é o oitavo colocado e Ricciardo, o sétimo. É complexo, mas é isso.

Carlos Sainz controla a primeira fila em Spa (Foto: AFP)

Q3 – Poles possíveis vão mal, Verstappen sobra e Sainz comemora

Albon, participante incomum do Q3 com a Williams, aproveitou a chance de estar nessa fase e foi quem abriu os trabalhos, mas todo mundo quis sair de cara.

O que chamou a atenção mesmo foi o punido Leclerc questionando a equipe no rádio. “Que pneus são esses?”, ao que a Ferrari respondeu que se tratava de um erro. Colocaram pneus novos para ele. Ferrari já recuperou a forma de antes das férias, pelo visto.

Mesmo de pneus novos, Leclerc pegou tráfego, fez somente o quarto tempo e ficou 0s888 atrás do 1min43s665 anotado por Verstappen. O holandês estava na frente, ao que Sainz aparecia em segundo e Pérez, em terceiro, 0s8 atrás do companheiro.

Ocon e Norris vinham na sequência e contavam com Russell, Albon, Hamilton e Alonso fechando a lista depois da primeira rodada de voltas rápidas.

Ferrari projetou a saída seguinte de Leclerc para dar um vácuo a Sainz e ajudar na briga com Pérez. O mexicano não teria isso, porque Verstappen sequer voltou para uma segunda estadia no traçado. A volta do ferrarista, contudo, foi péssima. Faltava Pérez, que também não melhorou. Tudo muito estranho. Verstappen foi o pole oficial, mas é Sainz quem larga na frente.

A ordem do Q3 teve Verstappen, Sainz, Pérez, Leclerc, Ocon, Alonso, Hamilton, Russell, Albon e Norris. Bem diferente do que será o top-10 na largada, sem Verstappen, Leclerc, Ocon ou Norris e com promoções de Ricciardo, Gasly, Stroll e Vettel.


F1 2022: SAINZ HERDA POLE DO GP DA BÉLGICA. VERSTAPPEN É MAIS RÁPIDO | Briefing


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