Os diretores de algumas das equipes de Fórmula 1 expressaram preocupação nesta sexta-feira com as consequências econômicas da guerra na Ucrânia, que provocou crise energética e inflação, enquanto há teto de gastos para as escuderias.
“Creio que é um problema real, porque já estamos vendo uma inflação extremamente alta. Estamos vendo as consequências no transporte aéreo de cargas”, disse o chefe da Red Bull, Christian Horner, em entrevista coletiva no Bahrein.
“É um problema muito sério que temos que estudar e solucionar, pois isso tem um impacto nos empregos e na condição de vida das pessoas. Acho que é um dever da organização (da F1) se pronunciar com urgência para garantir que uma solução seja colocada em prática”, acrescentou Horner”.
Grande defensor do teto de gastos, o chefe da McLaren, Andreas Seidl, se pronunciou no mesmo sentido.
“Nestas últimas semanas e meses apareceram contratempos em matéria de inflação, por isso creio que é importante conversar e ver o que fazer”, disse.
“Estou aberto a discutir soluções e eventuais ajustes, desde que dentro de limites razoáveis”, acrescentou Seidl.
A decisão de colocar em vigor um limite de gastos foi tomada em 2020 a fim de reduzir a diferença técnica entre as equipes mais fortes e aumentar a competitividade. Com isso, Mercedes, Ferrari e Red Bull foram os times mais afetados.
O limite foi reduzido de US$ 145 milhões do ano passado para US$ 140 milhões este ano, e será de US$ 135 milhões em 2023.
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