Com a previsão de uma reforma ministerial em abril, partidos que apoiarão a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) já começaram a cobrar a fatura pelo apoio.
Na semana passada, o Palácio do Planalto recebeu a sinalização de integrantes de siglas como o PL e o PP de interesse em postos que ficarão vagos na Esplanada dos Ministérios.
Ao todo, a previsão é de que dez titulares deixem seus cargos em abril para disputarem cargos de governador, senador e deputado. A lei eleitoral estabelece o início de abril como prazo de desincompatibilização.
Com a mudança, três auxiliares presidenciais relataram à CNN Brasil que o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi pressionado a aumentar o espaço do bloco do centrão na Esplanada dos Ministérios.
Segundo assessores palacianos e deputados governistas, o interesse tem sido concentrado na indicação de aliados para o controle de Saúde e de Infraestrutura, pastas hoje comandadas pelos ministros Marcelo Queiroga e Tarcísio Freitas, respectivamente.
O primeiro ainda não decidiu se sairá candidato, como defende o presidente nos bastidores, e o segundo deve disputar o governo de São Paulo, o que já foi anunciado por Bolsonaro.
Além dos dois postos, os partidos aliados pretendem manter o controle sobre Desenvolvimento Regional e Secretaria de Governo, que têm à frente nomes filiados ao PL, e sobre Cidadania, hoje comandada por um ministro do Republicanos.
A preocupação de um loteamento político tem levado auxiliares presidenciais a defender que nomes técnicos, que já ocupam postos nas pastas, sejam promovidos para os cargos de ministro, com o objetivo de não haver interrupções em programas ou iniciativas em andamento.
O mapa final das baixas no primeiro escalão será definido até março, mas já há algumas certezas e, em outros casos, as discussões estão avançadas para diversas candidaturas.
Na lista de baixas, são dadas como certas as saídas, por exemplo, de Tereza Cristina (Agricultura), Onyx Lorenzoni (Trabalho), Flávia Arruda (Governo) e Fábio Faria (Comunicações).
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