De acordo com nota do GAESF, Igor Campioni foi preso em sua residência, no bairro da Ponta Verde. O mandado de prisão foi expedido após recurso interposto pelo Gaesf, na última quinta-feira, 5, que solicitou que a 17ª Vara Criminal da Capital reconsiderasse a soltura do influenciador após audiência de custódia.
Igor Campioni, que seria sócio de Kel Ferreti, foi encaminhado para a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) e, de lá, será levado para o sistema prisional.
"No recurso, o Gaesf alegou que o argumento apresentado pela defesa, sobre a saúde do acusado estar comprometida em razão de crises epiléticas, não corresponde a realidade, uma vez que Igor tem atividades sociais movimentadas, o que é incompatível com a vida de uma pessoa que possui a saúde debilitada", diz trecho da nota do GAESF.
Operação Trapaça
A Operação "Trapaça" tem o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em crime de lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar on-line.
Segundo o MPAL, o “Fortune Tiger”, mais conhecido como jogo do tigrinho, foi o foco da investigação. O jogo é uma espécie de cassino virtual que promete, de forma fraudulenta e/ou ilusória, supostamente, ganhos fáceis e elevados, a partir de sua promoção, numa verdadeira campanha de divulgação, envolvendo influenciadores digitais. Recentemente, operações do Ministério Público e policiais em todo o Brasil já apreenderam milhões de reais em bens de influenciadores envolvidos em esquemas similares.
Ainda de acordo com o órgão estadual, o influenciador Kel Ferreti é o suposto líder da organização criminosa desse esquema milionário, em que esbanja uma vida de luxo, fazendo questão de ostentá-la nas redes sociais, onde milhões de seguidores são induzidos a comprar produtos e serviços, como jogos de apostas, com promessas de prosperidade quase que imediata.
Foram cumpridos oito mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, contra pessoas físicas e jurídicas, tanto em Maceió quanto na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo. Dos mandados de prisão, dois foram em Alagoas e, os outros dois, em São Paulo.