Ao retornar da Argentina, foragido do 8/1 é preso pela PF
A Polícia Federal (PF) prendeu um condenado pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro que havia fugido para a Argentina antes de ser julgado. O nome do alvo não foi revelado, mas a CNN apurou que trata-se de Moacir José dos Santos, que foi condenado em outubro do ano passado a 17 anos de prisão por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O investigado foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal dentro do Palácio do Planalto durante as depredações do ano passado.
A análise do conteúdo de seu aparelho celular pela Polícia Federal mostrou uma adesão ao movimento extremista desde a proclamação do resultado das eleições de 2022.
O inquérito destacou que inclusive havia orientações sobre cautelas a serem adotadas para minimizar os efeitos de gás lacrimogêneo, vestimentas, uso de acessórios e porte de substâncias específicas. Antes de ser condenado, o réu fugiu para a Argentina. A prisão foi feita no sábado (9) à noite, em Cascavel (PR), quando o homem retornou ao Brasil e foi localizado pelas forças de segurança na cidade paranaense.
A operação foi liderada pelo Grupo de Capturas da Polícia Federal de Cascavel, que, ao receber informações sobre a presença do foragido na cidade, mobilizou uma ação coordenada. A ação contou ainda com o apoio da Guarda Municipal de Cascavel. Em outra operação para prender foragido do 8 de janeiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizou Rubem Abdalla Barroso Júnior, de 46 anos, que foi preso dentro de um carro na BR-290, em Rosário do Sul (RS). Segundo a apuração, ele estava escondido no Uruguai e voltou ao Brasil para comprar uma geladeira.
Extradições Em junho, o governo do Brasil recebeu da Argentina uma lista com aproximadamente 60 nomes de pessoas procuradas pela Justiça brasileira que estavam em seu território. Na ocasião, a PF iniciou a elaboração do pedido de extradição enviado ao STF. A suspeita é que os brasileiros entraram na Argentina escondidos em carros após quebrarem tornozeleiras eletrônicas que usavam.
A CNN procurou a defesa do preso e aguarda retorno.