Em decisão de audiência de custódia que converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante de Erika Vieira Nunes, na quinta-feira (18/4), a juíza Rachel Assad da Cunha disse que a custodiada, em momento algum, se “preocupou com o estado de saúde” do suposto tio, Paulo Roberto Braga. As informações são da Folha de S.Paulo.
Erika foi detida na terça-feira (16/4), após levar o cadáver do homem ao banco para tentar sacar empréstimo. Ela é suspeita de vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude. A defesa da mulher pedirá a revogação da prisão preventiva.
Desconfiados da falta de reação do homem, que estava sentado em uma cadeira de rodas com a cabeça sem sustentação, funcionários do banco passaram a filmar Erika. Depois disso, chamaram o Samu, que confirmou que o homem estava morto.
De acordo com a magistrada, o mais importante é saber se o homem nas condições em que estava poderia expressar livremente sua vontade.
A juíza ainda refutou a defesa de Erika, que pede a liberação da mulher baseada na tese de que ela tem uma filha com deficiência e é sua cuidadora.
“O fato de a custodiada possuir filha com deficiência não pode servir como salvo-conduto para a prática de crimes”, afirmou a juíza.
Repercussão internacional
O caso da mulher que levou um cadáver em uma cadeira de rodas até uma agência bancária para sacar um empréstimo de R$ 17 mil teve repercussão internacional nesta quarta-feira (17/4). Jornais do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Argentina noticiaram o caso.
O The Guardian repercutiu o caso destacando que Erika sabia que o homem, de 68 anos, estava morto. O jornal descreveu o ocorrido como “chocante”. A matéria foi a mais lida do site na data da publicação.
O jornal Clarín, da Argentina, publicou uma reportagem chamando o caso de “Horror”, e o portal americano TMZ comentou sobre o ocorrido, em tom de deboche: “Mulher brasileira leva o tio morto ao banco…. ‘Ei, podemos pegar um empréstimo?”
Já o New York Post chamou Erika de “descarada”. A notícia está na categoria “Estranho, mas verdade” do site.
Funcionários suspeitaram e filmaram
Quando a mulher levou o corpo do idoso a uma agência bancária de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, para tentar fazer empréstimo de R$ 17 mil em nome dele, funcionários suspeitaram do caso e decidiram filmar a situação.
Érika de Souza Vieira Nunes levou Paulo Roberto Braga, de 68 anos, que seria tio dela, até a agência bancária na última terça-feira (16/4).
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Delegado fala sobre caso da mulher que levou cadáv3r ao banco para pegar empréstimo de R$ 17 mil