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Saiba mais sobre: As alegações aqui checadas circulam amplamente no Facebook, Instagram e no WhatsApp.
Em 8 de fevereiro, Bolsonaro teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em decorrência do inquérito do golpe. Quatro dias depois, ele foi para a Embaixada da Hungria no Brasil, onde permaneceu por dois dias. A visita foi divulgada pelo The New York Times por meio de imagens do sistema de circuito interno do prédio, obtidas pelo jornal. As gravações mostram o embaixador Miklós Halmai recebendo o ex-presidente.
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Bolsonaro passou dois dias na Embaixada da Hungria depois de perder passaporte diplomático
Em entrevista sobre o assunto, Bolsonaro disse não ter crime no fato de ter ficado hospedado na embaixada. Em nota, a defesa do ex-presidente negou que a estadia se deu por busca de asilo político e alegou que a presença na embaixada se resumiu em “manter contatos com autoridades do país” e atualizar os representantes húngaros sobre o “cenário político das duas nações”.
Em 25 de março, o Ministério das Relações Exteriores convocou o embaixador húngaro a prestar esclarecimentos sobre a hospedagem. Halmai conversou por cerca de 20 minutos com a secretária de Europa e América do Norte, embaixadora Maria Luísa Escorel. Questionada se na ocasião o embaixador fez as declarações aqui checadas, a assessoria de imprensa do órgão afirmou que o ministério não divulga o teor de conversas mantidas com diplomatas de outros países.
Além de não haver registros das declarações, a imagem de Halmai utilizada nos posts não é atual e circula na internet pelo menos desde 2020, quando ele era embaixador em Portugal.
A alegação aqui verificada também foi desmentida por Lupa, Reuters e Aos Fatos.