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20/03/2024 às 16h02min - Atualizada em 20/03/2024 às 16h02min

Cid: ordem para falsificar certificados de vacina partiu de Bolsonaro

História de CdB
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O tenente-coronel Mauro Cid teve a carreira terminada após servir como ajudante de ordens de Bolsonaro © Fornecido por Correio do Brasil
  • Ministros do STF disseram à jornalista que, à época da inclusão falsa, já estava claro que as Forças Armadas – possivelmente diante da falta de apoio externo – “não autorizariam um golpe de Estado”.

 

Por Redação - de Brasília

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), cumpriu uma ordem direta de seu superior hierárquico, embora ilegal, para realizar a falsificação dos cartões vacinais. O relato é do próprio militar, em delação à Polícia Federal (PF), segundo documentos vazados para a mídia conservadora.

No depoimento, Cid afirma que recebeu ordens diretas de Bolsonaro para fraudar os documentos necessários para o ingresso nos EUA. Esses certificados foram supostamente impressos nas dependências do Palácio do Alvorada, a residência oficial da Presidência da República, “e entregues pessoalmente a Bolsonaro”, segundo a PF.

Braga Netto

Para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ouvidos pela jornalista Andrea Sadi no site de notícias G1, ficou clara a ligação entre a cronologia da fraude no cartão de vacina da covid-19 em favor de Bolsonaro e a tentativa frustrada de um golpe de Estado, no país, para mantê-lo no cargo após a derrota, nas urnas, para o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ministros do STF disseram à jornalista que, à época da inclusão falsa, já estava claro que as Forças Armadas – possivelmente diante da falta de apoio externo – “não autorizariam um golpe de Estado”. A mensagem em que o general Braga Netto, que havia sido candidato a vice de Bolsonaro, chama o comandante do Exército, Freire Gomes, de ‘cagão’ por não ter aderido ao golpe foi publicada em 14 de dezembro, pouco antes da viagem de Bolsonaro para os EUA.

Bolsonaro deixou o Brasil no dia 30 de dezembro, véspera do término do seu mandato. Ministros do STF sugeriram à colunista que ele decidiu falsificar o certificado devido ao receio de ser barrado por não ter se vacinado. Até hoje, os EUA exigem o cartão de vacinação contra covid para autorizar o ingresso em solo norte-americano.

Jóias sauditas

Segundo a Polícia Federal (PF), alguns investigados pela intentona golpista falida “se evadiram do país, retirando praticamente todos seus recursos aplicados em instituições financeiras, transferindo-os para os EUA, para se resguardarem de eventual persecução penal". No caso de Bolsonaro, existe o registro de uma operação de câmbio no valor de R$ 800 mil, realizada em 27 de dezembro, direcionando fundos para uma instituição bancária norte-americana, onde o ex-mandatário ainda mantém uma conta.

Além disso, investigações também apontam para uma tentativa, ocorrida também em dezembro de 2022, de resgatar joias oferecidas como presentes por autoridades sauditas a que deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio do Estado brasileiro, mas que Bolsonaro tentou se apropriar.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ); além de outras 14 pessoas pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no âmbito das investigações sobre as fraudes nos cartões de vacinação.

Vídeo relacionado: PF indicia Bolsonaro e Cid por fraude em cartão de vacina (Dailymotion)


PF indicia ex-presidente Jair Bolsonaro por fraude em cartão de vacina | CNN NOVO DIA


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