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22/01/2024 às 09h39min - Atualizada em 22/01/2024 às 09h39min

Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco, fecha delação com a PF

Em acordo de delação, o ex-PM Élcio Queiroz confessou ter dirigido o carro utilizado no crime e afirmou que os disparos foram feitos por Ronnie Lessa. Ele também disse que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, que está preso, vigiava a vereadora e pretendia participar da emboscada.

História por CdB
Ronnie Lessa está preso desde março de 2019 e irá a júri popular, junto com Élcio Queiroz, pelos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes © Fornecido por Correio do Brasil

Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro

Ronnie Lessa, ex-policial acusado de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, fechou um acordo de delação com a Polícia Federal (PF). A informação foi divulgada neste domingo pelo colunista Lauro Jardim do diário conservador carioca O Globo.

Segundo o colunista, a colaboração ainda não foi validada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os investigadores esperam que as informações fornecidas pelo ex-PM possam identificar os mandantes das mortes de Marielle e Anderson, que completam seis anos em 2024.

Em acordo de delação, o ex-PM Élcio Queiroz confessou ter dirigido o carro utilizado no crime e afirmou que os disparos foram feitos por Ronnie Lessa. Ele também disse que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, que está preso, vigiava a vereadora e pretendia participar da emboscada.

Duplo homicídio triplamente qualificado

Lessa e Élcio Queiroz estão presos desde 12 de março de 2019. Os dois respondem por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra uma assessora de Marielle, que sobreviveu.

Segundo Élcio afirmou à Polícia Federal (PF), Lessa teria dito que a motivação do crime era pessoal. “Mas aí eu falei o que é a situação? Ele falou que era pessoal; mas tem dinheiro nisso aí, o que é? Aí ele falou não, é pessoal. Aí fomos seguindo, ele foi me orientando”, relatou Queiroz.

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros pelo crime organizado em 14 de março de 2018, vítimas de uma emboscada. O caso foi federalizado em fevereiro de 2023. O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, já declarou que a investigação será encerrada até março deste ano.


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