Basicamente, raios são descargas atmosféricas que, em regiões tropicais, como o Brasil, costumam ocorrer durante a ocorrência de chuvas.
Essas descargas tendem a ser atraídas pelos pontos mais altos de um local, especialmente se ali houver algum objeto metálico, como uma antena, por exemplo.
De acordo com o professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Bruno Lima, os telefones possuem antenas, que, em tese, poderiam, atrair raios, porém suas características tornam essa ocorrência improvável.
“A antena do celular é muito pequena e, teoricamente, está baixa, na altura do ser humano. Então a tendência é que, pelo próprio tamanho e altura da antena, isso dificulte que ela possa atrair raios. É muito improvável que isso aconteça”, explica.
Quando os aparelhos estão carregando, o cenário é diferente, afirmam os especialistas.
“O risco existe quando [o celular] está carregando, porque ele está ligado na rede elétrica e, pela rede elétrica, pode haver uma corrente proveniente da descarga”, explica o professor e coordenador do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Bruno Lima.
Porém, trata-se de um “um risco baixo, não precisa ficar desesperado, começou a chover e correr para tirar o celular da tomada”, tranquiliza o coordenador do curso de Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações da Unesp no campus de São João da Boa Vista, Rafael Abrantes Penchel.
Considerando o perigo dos equipamentos na tomada, Penchel afirma que o ato de falar ao telefone durante tempestades não acrescenta motivo de preocupação. “Se você está ou não falando no celular, se ele está ligado ou desligado, isso não importa.”
Os especialistas ressaltam ainda que, além de os riscos serem baixos, é bom lembrar que outros fatores externos, como para-raios e circuitos de proteção nas construções, acrescentam proteção aos usuários.