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07/10/2023 às 19h52min - Atualizada em 07/10/2023 às 19h52min

Nota obtida em celular de delegada aproxima Torres de denúncias

A apuração detalha a resposta do Ministério da Justiça à "preocupação" manifestada por Torres em relação ao Nordeste, em particular à Bahia, Estado onde o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve mais de 72% dos votos válidos, segundo maior percentual do país.

História por CdB
https://www.msn.com
Anderson Torres encontra-se preso por suspeita de participação nos atos terroristas ocorridos na Praça dos Três Poderes © Fornecido por Correio do Brasil
Uma anotação encontrada no celular da delegada da Polícia Federal Marília Ferreira, que trabalhou diretamente com o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) Anderson Torres, sugere que após o primeiro turno das eleições, houve uma pressão para que ela indicasse uma suposta relação entre o PT e facções criminosas.

A apuração, publicada na edição dessa sexta-feira do diário conservador paulistano 
Folha de S. Paulo, detalha a resposta do Ministério da Justiça à "preocupação" manifestada por Torres em relação ao Nordeste, em particular à Bahia, Estado onde o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve mais de 72% dos votos válidos, segundo maior percentual do país.

 

A nota estava armazenada no aplicativo de bloco de notas do celular de Marília, e foi entregue pela Apple à CPMI do 8 de janeiro. Não é possível determinar a data exata em que o texto foi escrito, mas o relatório da Apple indica que as cinco notas do celular estão datadas entre 31 de dezembro de 2021 e 18 de agosto deste ano.

Facções

"Havia uma preocupação do ministro com o Nordeste e ele falava muito na Bahia, pois havia visto no mapa com o planejamento do primeiro turno que havia muito pouca distribuição de equipes no interior da Bahia. Desde antes do primeiro turno a Diretoria de Inteligência (DINT) recebia dezenas de vídeos e postagens de pessoas, a maioria delas fake news, sobre compra de votos e ligação do PT com facções criminosas”, diz o texto.

Ainda segundo a mensagem “toda notícia ou informe que chegava, tentávamos fazer a confirmação, pedindo o boletim de ocorrência (BO) ou consultando o centro de inteligência respectivo”.


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