Uma das novidades em relação ao caso é a suspeita de negociação envolvendo imóveis por parte da família Bolsonaro nos Estados Unidos, entre o ano passado e o começo deste ano. As investigações em curso no Brasil apontam que parte das pedras preciosas sauditas doadas ao governo brasileiro foram objetos de uma operação para tentar burlar o fisco. A tentativa seria de incorporar ao patrimônio pessoal de Bolsonaro e demais envolvidos.
Os objetos preciosos, repassados pelo governo da Arábia Saudita, foram apreendidos no Aeroporto de Guarulhos. Além disso, a investigação envolve outros itens de elevado valor que deviam estar no acervo do Planalto.
De acordo com a legislação, os presentes deveriam ser incorporados no acervo da União, pois entregues em agenda internacional são de propriedade da República e não de uso pessoal. Um dos materiais, um relógio Rolex, de elevado padrão, foi vendido nos Estados Unidos, durante viagem do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A PF identificou que o relógio foi comprado posteriormente, quando os acusados temeram que o TCU determinasse a devolução dos presentes, para que fossem guardados pela União.
Um recibo que comprova a negociação de venda e compra foi encontrado e colabora com as provas que apontam a existência do esquema. Mauro Cid é um dos suspeitos de envolvimento no caso.
Ele está preso e com o acordo de delação pode obter benefícios, como redução de pena e conversão da prisão em prestação de serviços comunitários, multa, entre outras ações. Procurada pela reportagem para saber se concordou com a delação, a defesa de Mauro Cid não se manifestou.
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