O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve distribuir aos trabalhadores o valor de R$ 12 bilhões neste ano.
O número é referente ao lucro líquido de R$ 12,8 bilhões de 2022 que, por sua vez, caiu 3,45% em relação ao exercício anterior.
O Conselho Curador do FGTS vai discutir sobre a distribuição ainda este mês, e os números consolidados devem ser apresentados até o próximo dia 25 de julho.
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O colegiado vai definir a divisão do lucro entre os trabalhadores elegíveis que tenham saldo na conta até 31 de dezembro de 2022.
O valor será creditado na conta dos trabalhadores cotistas até o fim de agosto.
Ao todo, o cidadão poderá ter cerca de 7% de rendimento total do saldo acumulado referente ao exercício de 2022.
As opções previstas pelo conselho são de repartir o lucro total entre os trabalhadores (R$ 12,8 bilhões) ou 99% do resultado (R$ 12,7 bilhões), assim como no ano passado.
No total, o FGTS teve receita de R$ 49,8 bilhões em 2022 e R$ 36,9 bilhões em despesas. Em comparação ao estimado em um balanço provisório, as despesas cresceram R$ 2,3 bilhões.
Recebe o lucro do FGTS de 2020 quem tinha saldo nas contas do fundo de garantia em 31 de dezembro de 2020.
Para saber quanto receberá, o trabalhador precisa multiplicar o saldo da conta no dia 31 de dezembro de 2020 por 0,01863517. Na prática, o rendimento adicional significaria um incremento de R$ 18,63 a cada R$ 1.000 de saldo na conta do FGTS ao fim de 2020.
De acordo com a Caixa, as regras de saque não mudam. O dinheiro pode ser retirado:
O FGTS, por lei, tem rendimento de 3% ao ano. Todo dia 10, as contas do FGTS recebem atualização monetária mensal (com base na Taxa Referencial).
Desde 2017, os trabalhadores recebem parte dos lucros do Fundo de Garantia, que resultam dos juros cobrados de empréstimos a projetos de infraestrutura, saneamento e crédito da casa própria. O dinheiro é creditado sobre o saldo existente no dia 31 de dezembro de todas as contas ativas e inativas e é pago até o dia 31 de agosto do ano seguinte.
Em 2017 e 2018, a distribuição dos lucros fez com que a rentabilidade do FGTS ficasse acima da inflação, mas abaixo dos ganhos da caderneta de poupança.
Até 2018, o percentual de distribuição de resultados do FGTS estava fixado em 50% do lucro líquido do exercício anterior. Em 2019, o percentual chegou a ser elevado para 100%, entretanto o presidente Jair Bolsonaro vetou a mudança e retirou o limite percentual de até 50%, que agora é decidido a cada ano pelo Conselho Curador do FGTS.
O rendimento referente a 2019, distribuído no ano passado, foi de 4,9%. Na prática, o trabalhador teve depositado em sua conta no fundo R$ 1,90 para cada R$ 100 que ele tinha de saldo no dia 31 de dezembro de 2019.
Como já informado, o valor de parte do lucro que será destinado para cada trabalhador só poderá ser consultado após a definição do Conselho ainda nesta terça.
Assim como para o saque comum, o saldo pode ser consultado no site da Caixa, no aplicativo FGTS e presencialmente, nas agências da Caixa.
Publicado por Amanda Sampaio. Com informações de Estadão Conteúdo