A Polícia Civil investiga o envolvimento da influenciadora digital Karina Laino Gomes com integrantes de uma quadrilha especializada em roubar clientes de agências bancárias nas regiões da Zona Oeste do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. Karina e o comparsa, Edmilson Souza da Silva, foram presos por policiais da 33ª DP (Realengo) e autuados, em flagrante, por porte ilegal de arma de fogo, na última quarta-feira. A investigação aponta que Karina atuaria como a motorista da quadrilha. Enquanto a influencer aguarda no carro, estacionado em frente à agência, o comparsa desce e, armado, aborda as vítimas na área dos caixas eletrônicos.
Segundo a polícia, o casal já vinha sendo monitorado desde o fim de maio, quando houve um assalto na porta de uma agência do Itaú, em Realengo, na Zona Oeste. Na última quarta-feira, a equipe de segurança do local informou aos policiais sobre a presença de um carro suspeito em frente ao banco.
A Polícia Civil analisa imagens de câmeras de vigilância de uma agência localizada na Avenida Marechal Fontenelle. Nas imagens é possível ver quando um cliente, carregando um malote, é abordado ainda do lado de fora da agência, por um criminoso armado.
Para a polícia, a atuação de Karina como motorista do bando seria uma forma não chamar a atenção dos seguranças das agências bancárias. Os investigadores ainda tentam identificar outras duas pessoas também suspeitas de fazer parte da quadrilha. Segundo a polícia, os criminosos também agem em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
'Dor e delícia' - "A dor e a delícia de ser o que é". É assim que Karina Laino Gomes se define nas redes sociais. Com pouco mais de 63 mil seguidores no TikTok e 54 mil no Instagram, a jovem gostava de exibir suas viagens ao Nordeste e as tatuagens pelo corpo. Numa das postagens, ela chegou a fazer uma brincadeira: "Se ser ciumenta e neurótica fossem considerados crimes, eu já estaria presa". Karina, no entanto, foi parar atrás das grades por outro motivo.
Segundo a polícia, em depoimento, Karina e Edmilson confessaram a prática do crime conhecido como "saidinha de banco" e foram presos em flagrante por porte de armas. A polícia investiga o envolvimento do casal com uma quadrilha que vem agindo na região e na Baixada Fluminense. Nenhum dos suspeitos possuía antecedentes criminais.