O governo Lula exonerou nesta segunda-feira (23), 11 coordenadores distritais de saúde indígena do Ministério da Saúde. A decisão ocorre após o presidente da República decretar emergência no território Yanomâmi.
Entre as demissões, que constam no Diário Oficial da União (DOU), um dos exonerados exercia o cargo no leste de Roraima, estado visitado por Lula no final de semana. As demissões foram assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Na ocasião, o petista criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por priorizar as motociatas e ter "abandonado" os Yanomâmi.
“É desumano o que eu vi aqui. Sinceramente, se o presidente que deixou a Presidência esses dias em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse tão abandonado como está”, disse Lula.
Por conta da falta de assistência sanitária que atinge os Yanomâmi, o Ministério da Saúde decretou estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território, para combater a desassistência.
Por meio de um Centro de Operações de Emergências, o ministério quer "planejar, organizar, coordenar e controlar as medidas a serem empregadas".
No domingo (22), o Ministério da Saúde informou que estuda acelerar a publicação de um edital do Programa Mais Médicos para recrutar profissionais, tanto formados no Brasil quanto no exterior, para atuação em território Yanomami. A medida é uma das ações da Sala de Situação, criada para apoiar ações de enfrentamento à desassistência sanitária dos povos Yanomami. Desde a última segunda-feira (16), equipes da pasta se encontram na região.
Veja a lista dos exonerados: