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17/01/2023 às 10h57min - Atualizada em 17/01/2023 às 10h57min

Caso Marcelo Leite: advogado diz que PMs entraram em contradição durante reprodução simulada

Segue o jogo

Theo Chaves
https://www.tnh1.com.br
Foto: Theo Chaves/TNH1 (Montagem Marcos Souza)

O advogado da família do arapiraquense Marcelo Barbosa Leite, que morreu depois de ser atingido por um tiro de fuzil disparado por um policial do 3° Batalhão, no dia 14 de novembro do ano passado, participou da reprodução simulada do caso nessa segunda-feira, 16. Ele relatou ao TNH1 que houve contradições entre as versões apresentadas pelos PMs das duas guarnições envolvidas na abordagem que vitimou o empresário.

De acordo com o advogado Leonardo de Morais, policiais de uma das guarnições afirmaram durante a reprodução que não viram o empresário com arma em mãos, ao contrário do que teria relatado os militares da outra equipe.

"Eles insistem em continuar dizendo que havia uma arma de fogo no assoalho do carro. A primeira viatura disse que chegou a visualizar Marcelo empunhando a arma de fogo e, por isso, justificou o disparo. Porém, a segunda viatura disse que não viu Marcelo empunhando a arma. Essa segunda guarnição disse que só viu a arma no assoalho do carro quando o Marcelo estava no chão e ensanguentado. Eles entraram em contradição", contou Leonardo.

Ainda segundo o advogado, a reprodução simulada daquela fatídica abordagem policial pode esclarecer algumas versões apresentadas durantes depoimentos colhidos pela polícia.

"Conseguimos esclarecer muita coisa. Na verdade, diante das versões apresentadas e exames feitos, essa reprodução serve para confirmar principalmente que quando o disparo foi feito o carro do Marcelo já havia passado pelas guarnições. Foi um disparo de fuzil que transfixou a mala do carro, pegou no banco do motorista e atingiu Marcelo. E foi um tiro fatal", completou Leonardo.

Defesa dos militares alega que todos deram a mesma versão - Os seis policiais militares que participaram da ação que vitimou Marcelo Barbosa Leite estiveram em frente ao 3° Batalhão da Polícia Militar, em Arapiraca, e participaram da reprodução simulada do caso feita pela Polícia Científica de Alagoas. Para a defesa, os PMs reforçaram a mesma versão dada em depoimento.

Entre os policiais que participaram da reprodução estavam os dois comandantes das duas guarnições que abordaram o empresário. Eles confessaram, em depoimento prestado à comissão que investiga o caso, no último dia 9 de dezembro, que foram os autores dos disparos que atingiram o veículo de Marcelo Leite.

De acordo com o advogado Napoleão Júnior, que está à frente da defesa dos PMs, toda a dinâmica reproduzida no local da abordagem bateu com o que diz a versão dos seis militares do 3° Batalhão.


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