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12/01/2023 às 23h16min - Atualizada em 12/01/2023 às 23h16min

Covardia, indisciplina, banditismo: pilares do bolsonarismo

Por Enio Lins
https://eniolins.com.br
Jair foi um oficial medíocre que se destacou por três características: covardia, indisciplina e quebra da hierarquia. Esses três pilares de sua personalidade despontaram desde quando sua projeção como “líder sindical” dos militares cariocas.

Em 1986, obscuro capitão, resolveu agitar a tropa contra seus superiores usando a bandeira dos “baixos salários”, mas na verdade buscava cindir as Forças Armadas, investindo particularmente contra o Ministro do Exército.

Insuflado pelos porões da ditatura recém-morta, aceitou o papel de agente provocador da extrema-direita contra seus superiores (embora direitistas) leais ao processo democrático. Foi preso, processado e condenado pela Justiça Militar.

Acovardado, negou o que tinha dito e (literalmente) desenhado. Num segundo julgamento, o Superior Tribunal Militar o descondenou numa decisão dividida (9x4), em provável acordo para o indisciplinado deixar o Exército.

Livre da farda, o descondenado enveredou pela politicagem profissional a partir de 1988, primeiro como vereador e a partir daí, deputado federal, sempre filiado ao partido governista mais ligado à corrupção – inclusive durante os governos petistas.

Quem o idolatra, salvo honrosas exceções (como os oficiais-superiores que romperam com seu governo), segue o mantra: covardia, indisciplina, quebra de hierarquia. A esses três pilares, mais um foi acrescentado – o banditismo miliciano.

Covardia, indisciplina, quebra de hierarquia, banditismo foi o que rolou em Brasília no dia 8 de janeiro. Jair deixa suas digitais por onde rasteja e, como quadrúpede, em duplo par: no lado dos terroristas e no lado das polícias que deveriam combater o terrorismo.

Dermatóglifos do Jair estão em todo lugar, nos alvos das depredações e saques feitos pelo gado em fúria. Mas suas digitais mitológicas chamam mais atenção na conivência e cumplicidade de parte dos militares para com os terroristas.

Câncer em quaisquer organismos, o bolsonarismo é ainda mais maligno entre policiais e militares pelo culto à covardia, indisciplina, quebra de hierarquia e banditismo. Isso pôde ser visto num ensandecido coronel da reserva filmando-se ao insultar os generais legalistas como “filhos da puta” e, depois de exonerado da sinecura que ocupava, se desculpando em mimimi.

Extirpar o tumor maligno bolsonarista e suas metástases espalhadas por todo país, é medida urgente urgentíssima para a sobrevivência da Democracia e para a própria dignidade das Forças Armadas e das instituições policiais.

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