A primeira relação do Rei com Alagoas remonta ao ano de 1958 com dois atacantes da terrinha, na inesquecível Copa da Suécia. Dida e Zagallo participaram com ele da Seleção Brasileira campeã do mundo na Suécia —, laço muito forte, também eterno.
O atacante Dida estava entre os titulares na rodada de abertura, contra a Áustria. Na segunda partida, diante da Inglaterra, o alagoano ficou no banco. A partir do terceiro jogo, contra a União Soviética, Pelé entrou de vez na equipe e brilhou na conquista do título inédito. Ele nunca mais perdeu a titularidade.
Por seu alto rendimento no Flamengo, Dida foi convocado pelo técnico Vicente Feolla (1909–1975), para os preparativos para a Copa do Mundo de 1958. Era um atacante rápido, de gols e jogadas fenomenais. Jogava originalmente como ponta de lança, a mesma posição de Pelé que, aos 17 anos, despontava como o craque-revelação do Santos. Dida perderia a titularidade para o futuro Rei, com quem manteria a amizade junto com outro alagoano, Mário Jorge Lobo Zagallo.
No campo, foi com Zagallo que Pelé evolui, viu aquele falso ponta esquerda cumprir pioneiramente uma função tática considerada arrojada para a época. Zagallo ia ao ataque, mas voltava para dar combate e ajudar na defesa. E depois veio a Copa do Chile, em 1962, onde Pelé se machucou e brilhou a estrela de Garrincha, com o sempre voluntarioso Zagallo em campo. Novamente campeões.
Ainda com Zagallo, cada vez mais seu amigo, agora como técnico, Pelé já era rei quando foi tricampeão do mundo na Copa do México de 1970. Era a consagração para a amizade dos dois.