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12/12/2022 às 17h29min - Atualizada em 12/12/2022 às 17h29min

“Quero pedir desculpas a vocês pela emoção". Lula reconhece frente ampla e diz que povo recuperou a democracia no Brasil

Diplomação no TSE

História por Daniel Weterman, Weslley Galzo e Felip - Estadão
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O presidente eleitor Luiz Inácio Lula da Silva se emociona ao discursar no TSE Foto: Wilton Junior / Estadão © Fornecido por Estadão

BRASÍLIA – O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu nesta segunda-feira, 12, ao ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o papel da frente ampla de partidos para o que chamou de “resgate da da democracia”. Lula recebeu o diploma das mãos do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, e vinculou o ato à garantia de democracia no Brasil após derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.

“Eu sei o quanto custou, não apenas a mim, o quanto custou ao povo brasileiro, essa espera para que a gente pudesse reconquistar a democracia nesse País”, afirmou Lula ao começar o discurso no TSE. A exemplo do que ocorreu em 2002, quando foi eleito presidente pela primeira vez, Lula se emocionou ao lembrar daquela solenidade, quando recebeu o diploma após concorrer à Presidência sem ter um diploma universitário.

O futuro presidente destacou o papel da frente de 12 partidos que o apoiaram na eleição e das legendas que agora negociam a composição do governo a partir de janeiro. “Uma verdadeira frente ampla contra o autoritarismo, que hoje, na transição de governo, se amplia para outras legendas, e fortalece o protagonismo de trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, cientistas e lideranças dos mais diversos e combativos movimentos populares deste país.”

Com o diploma, a Justiça Eleitoral atesta oficialmente que o presidente eleito está habilitado para tomar posse no dia 1.º de janeiro de 2023. Na plateia do TSE, os convidados gritavam “olê, olê, lá, Lula, Lula”. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin também recebeu o diploma das mãos de Moraes, que já foi secretário dele no governo de São Paulo.

“Quero pedir desculpas a vocês pela emoção porque quem passou o que eu passei, nesses últimos anos, estar aqui agora é a certeza de que Deus existe e que o povo brasileiro é maior do que qualquer pessoa que tentar o arbítrio nesse País. Eu sei o quanto custou não apenas a mim, o quanto custou ao povo brasileiro essa espera para que a gente pudesse reconquistar a democracia nesse País”, afirmou Lula.

No discurso, o futuro presidente citou a palavra democracia 21 vezes. A expressão foi a mais usada por ele durante o pronunciamento. Sem citar diretamente Bolsonaro, Lula afirmou que houve tentativas de invalidar as urnas eletrônicas, ameaçar as instituições e “sufocar” o povo por meio do orçamento federal. O petista tem dito que venceu a disputa contra a máquina pública do governo, e não apenas contra um candidato.

“Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida em todo o mundo, ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação, tentaram comprar o voto dos eleitores, com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público”, destacou Lula.

Além de parlamentares, aliados e magistrados, os ex-presidentes José Sarney e Dilma Rousseff, que sofreu um impeachment em 2016, estavam presentes na cerimônia. Dilma foi citada por Lula como “minha querida presidenta”, assim como Sarney, cumprimentado como “meu querido presidente”.

Lula, Alckmin e Moraes foram aplaudidos de pé pelos convidados. Os apoiadores gritaram “Boa tarde, presidente Lula”, em referência ao cumprimento feito por simpatizantes nos dias em que ele esteve preso em Curitiba. Os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também participaram da cerimônia.

O futuro presidente citou que a democracia enfrenta um “imenso desafio” no mundo, talvez até maior que após a Segunda Guerra Mundial, e defendeu a liberdade de expressão. Lula criticou as manipulações, no momento em que apoiadores de Bolsonaro pedem intervenção militar e questionam a vitória do petista nas urnas.

“Que fique bem claro: jamais renunciaremos à defesa intransigente da liberdade de expressão, mas defenderemos até o fim o livre acesso à informação de qualidade, sem mentiras e manipulações que levam ao ódio e à violência política”, disse o presidente eleito no discurso. Ao encerrar o discurso, Lula firmou compromisso de “construir um verdadeiro Estado democrático, garantir a normalidade institucional e lutar contra todas as formas de injustiça.”


Lula chora em diplomação, lembra vigília em Curitiba e diz "recuperar a democracia" | VISÃO CNN
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