BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu neste domingo (30) que o resultado das urnas seja respeitado e que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ouça a voz de todos, mesmo dos divergentes, para ajudar a pacificar o país.
"A vontade da maioria manifestada nas urnas jamais deverá ser contestada e seguiremos em frente na construção de um País soberano, justo e com menos desigualdades", disse, em pronunciamento curto na residência oficial da Câmara.
Lira disse que, da mesma forma que reafirmou a lisura, a estabilidade e a confirmação da vontade popular, não se pode "aceitar revanchismos ou perseguições, seja de que lado for."
Nas declarações, ele afirmou que, em 2 de outubro, o país já escolheu o caminho das reformas. "Ao presidente eleito, a Câmara dos Deputados lhe dá os parabéns e reafirma o compromisso com o Brasil, sempre com muito debate, diálogo e transparência", disse.
O presidente da Câmara defendeu ainda ser o momento de pacificar o país e de ouvir a voz de todos, mesmo divergentes.
"É hora de desarmar os espíritos, estender a mão aos adversários, debater, construir pontos, propostas e práticas que tragam mais desenvolvimento, empregos, saúde, educação e marcos regulatórios eficientes", afirmou. "Tudo que for feito daqui para frente tem que ter um único princípio: pacificar o país e dar melhor qualidade de vida ao povo brasileiro."
O deputado ligou para Lula logo após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) declarar a eleição matematicamente definida. Ele também falou com Jair Bolsonaro por telefone.
Lira acompanhou a apuração ao lado do líder do PP na Câmara, André Fufuca (MA), e do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Também estavam na residência oficial os deputados Hugo Leal (PSD-RJ), Felipe Carreras (PSB-PE), Celso Sabino (União Brasil-PA) e Danilo Forte (União Brasil-CE). Ao final do pronunciamento de Lira, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, chegou à residência oficial, e ficou pouco tempo.
A vice-governadora eleita do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF), também esteve no local, mas saiu antes do pronunciamento.