O CSA foi derrotado pelo Bahia por 1 a 0 na Arena Fonte Nova com quebra de recorde de público tendo mais de 45 mil pessoas no estádio. A derrota por placar mínimo, jogando em Salvador e diante do vice-lider da Série B era um resultado até esperado .No entanto, ele vem em um momento em que ele não poderia acontecer.
A situação acontecida na semana após a derrota para o Ituano trouxe o limite para um time que está em um momento delicadíssimo dentro da disputa para evitar o rebaixamento. Além do mais, os resultados da rodada foram ruins pois a distância entre o primeiro time fora da zona de rebaixamento e o CSA que abre a zona de rebaixamento subiu de um para quatro pontos.
Todo o cenário deixará o time ainda mais pressionado para o jogo da terça-feira contra o Brusque. Mesmo em caso de vitória, o CSA não sairá da zona de degola e até poderá manter a distância caso Operário e Chapecoense vençam seus compromissos. O limite está batendo a porta azulina e isso trás ainda mais dificuldade para o clube reagir.
O jogo
O CSA enfrentou o Bahia com um 5-4-1 , sem a bola, trazendo como zagueiros Weley, Wellington e Douglas, promoveu a estreia do lateral Jonathan, trouxe um meio com pouca capacidade de marcação e jogou sem um centroavante referência. A ideia não era ruim e nem absurda. No entanto, a execução da estratégia não funcionou a contento. Coma a posse , o CSA tinha um 3-4-3.
Com uma linha de cinco formada pelos três zagueiros e os dois alas e uma segunda linha com quatro jogadores (Geovani, Canteros, Gabriel e Osvaldo), o CSA apresentava pouca capacidade de marcação nesta segunda linha. Apenas Barcelos sobrava fazendo o primeiro combate.
O problema apresentado é que o CSA tinha linhas muito baixas e pouca situação de saída de bola. Este cenário fazia com que o Bahia tivesse uma pressão na saída de bola e sempre recuperasse a bola em busca da finalização. Mas o Tricolor não conseguia acertar o alvo.
Mesmo assim, o CSA estava sobrevivendo no jogo e o momento decisivo aconteceu em uma falha individual na saída de bola. Gabriel tinha a posse e perdeu a bola na intermediária. Este tipo de lance costuma ser fatal pois pega a equipe saindo para o jogo e por consequência mais exposta. A bola foi roubada e Igor Torres na entrada da grande área, chutou forte, rasteiro, no meio de gol para fazer Bahia 1 a 0. Carné não estava bem posicionado, mas o erro decisivo foi de Gabriel.
Apesar de toda a dificuldade azulina, a estratégia seguia garantindo o 0 a 0 até o erro fatal. O primeiro terminou com a vantagem mínima para o Bahia.
O CSA mudou sua formação para o segundo tempo. Desfez o modelo com três zagueiros e trouxe Rogério e Elton nos lugares de Osvaldo e Douglas. O time melhorou um pouco, conseguiu ocupar espaços no campo defensivo do Bahia, muito mais pela característica que o técnico Enderson Moreira possui: com 1 a 0, baixou as linhas, esperou o CSA e jogou no erro azulino. O segundo tempo teve pouca expectativa por parte do CSA, que mesmo tendo uma maior posse de bola não incomodou a defesa tricolor. Por sua vez, o Bahia não mostrou grande interesse pelo jogo e a partida terminou com o placar do primeiro tempo: Bahia 1 a 0 .
Dono do jogo: Rezende (Bahia)
Melhor treinador: Enderson Moreira (Bahia)