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10/07/2022 às 17h56min - Atualizada em 10/07/2022 às 17h56min

Safadão sofreu dano neurológico e quase teve paralisia, diz médico

Segundo o neurocirurgião Francisco Sampaio Junior, médico do estava prestes a ter a "síndrome da cauda equina"

Ranyelle Andrade
https://www.metropoles.com/
Reprodução/Redes sociais
Wesley Safadão publicou um vídeo neste sábado (9/7) em que aparece caminhando pelo hospital, ainda com curativos, após remover uma hérnia de disco. Felizmente, ele se recupera bem após passar maus bocados e ser submetido a uma cirurgia de emergência por causa do agravamento de seu quadro de saúde.

“Wesley é uma exceção. Normalmente, os pacientes que têm hérnia de disco não precisam fazer cirurgias, pois as inflamações são absorvidas automaticamente pelo organismo em cerca de 4 a 8 semanas”, disse o neurocirurgião Francisco Sampaio Junior, médico do cantor, em entrevista ao jornal O Globo.

“Entretanto, na noite de quarta-feira (6/7), ele começou a se queixar novamente de dores nas partes íntimas e a sentir as nádegas anestesiadas. São sintomas graves de um dano neurológico”, explicou o profissional.

Segundo Sampaio, o cantor estava prestes a ter a “síndrome da cauda equina”, doença grave causada pela compressão e inflamação do feixe de nervos na parte inferior do canal vertebral. A síndrome resulta em paralisia, incontinência intestinal, urinária e até perda de movimentos

Foto colorida de Wesley Safadão

Foto colorida de Wesley Safadão


Foto colorida de Wesley Safadão

Foto colorida de Wesley Safadão

“Ele poderia usar uma sonda ou bolsa de colostomia pelo resto da vida. Não havia mais nada a ser feito a não ser a cirurgia de forma muito rápida. Não podíamos esperar e arriscar. O quadro se agravava de uma forma que não é o habitual para uma hérnia de disco”, disse o médico.

O neurocirurgião afirmou que o artista tem alterações anatômicas que pioraram sua condição: ele faz parte dos 15% da população mundial que tem vértebra de transição, localizada entre as regiões lombar e sacral. O cantor ainda tem “os canais vertebrados dos nervos muito curtos, o que o predispõe a ter danos neurológicos e a ter doenças severas nos discos”.

“Se ele não tivesse essa vértebra a mais, e consequentemente, não apresentasse esse canal estreito congênito, dificilmente ele teria o que está tendo agora”, explicou Sampaio, acrescentando que a cirurgia do paciente foi “trabalhosa” e “difícil”.


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