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10/09/2021 às 21h37min - Atualizada em 10/09/2021 às 21h37min

Análise: com três meias criativos, seleção de Tite encanta, mas Gabigol precisa crescer ao lado de Neymar

Diogo Dantas
https://br.noticias.yahoo.com/
Por: Reprodução

Neymar e a seleção brasileira deram boa resposta com uma vitória tranquila e uma atuação empolgante contra o Peru. O placar de 2 a 0 foi a oitava vitória seguida nas Eliminatórias da Copa do Mundo, mas além do resultado, havia expectativa para que Tite conseguisse tirar algo diferente da equipe com as novas peças. Além de Neymar, que tinha feito um jogo abaixo da crítica diante do Chile, causou muito boa impressão o meio-campo com três jogadores com intensidade e qualidade: Éverton Ribeiro, Paquetá e o estreante Gerson, que começou como titular pela primeira vez no time brasileiro. 


A seleção encerra a participação na rodada tripla com 24 pontos, líder com 100% de aproveitamento, e bom desempenho de uma nova formação, só possível diante da não liberação dos atletas que atuam na Inglaterra. O zagueiro Lucas Veríssimo também rendeu bem. Mas foi no setor criativo que a postura se modificou. Se no papel Neymar formava dupla com Gabigol, em campo os atacantes deram a verticalidade observada por Tite e contaram com a aproximação frequente dos três meias. Que não apenas serviam os homens de frente, como apareciam como opções. 


No primeiro grande lance, Éverton Ribeiro achou Gerson livre na esquerda, mas o meio-campo chutou em cima do goleiro. Na sequência, também pelo lado esquerdo, o Brasil manteve a pressão na saída de bola que aplicou desde o começo da partida. E Neymar, com falta, roubou uma bola para deixar Ribeiro livre para empurrar para a rede. O apoiador foi o mais versátil do time novamente. Caída pela direita, entre as linhas, mas flutuava em direção ao centro, por vezes do lado esquerdo. E coordenava os movimentos com Paquetá, que fazia o mesmo na ponta oposta. Ambos cumpriam bem a função de dobrar a marcação para ajudar os laterais. Ao centro, Gerson não ficou sobrecarregado, e pôde avançar mais do que se via no Flamengo. Mas próximo do que voltou a fazer na Europa, com o Olympique de Marselha. 


Insistência com Gabi 


Com um time criativo, ofensivo e equilibrado, faltava Gabigol em sua essência. O atacante foi participativo e solidário. Mesmo atuando mais aberto do que no Flamengo, se movimentou em direção a Neymar e procurou também os outros meias. Não houve tanto entrosamento com o camisa 10, como o que possui com companheiros de clube. E nem a calma na conclusão das jogadas que normalmente exibe. Mas Neymar tentou achar Gabi.

No segundo tempo, chance clara no início que foi desperdiçada. Depois, faltou o tempo de bola no passe de Paquetá.
 


Após 15 minutos, Tite quis observar dois campeões olímpicos. Ribeiro deu lugar a Matheus Cunha, enquanto Daniel Alves substituiu Danilo. Cunha entrou mais aberto, o que deixou Gabigol ainda como principal centroavante. Tite pareceu querer dar confiança ao jogador após lhe dar duas oportunidades seguidas como titular sem marcar nenhuma vez. O mesmo aconteceu com Gerson, que não chegou a brilhar, mas manteve a consistência da atuação até o fim. 


O técnico optou por colocar Bruno Guimarães na vaga de Casemiro, em formação leve e muito técnica. Acabou criando um problema para si mesmo, pois precisará usar a boa atuação contra o Peru como parâmetro para a próxima convocação, na semana que vem, para a rodada tripla de outubro das Eliminatórias. Os únicos que não haviam recebido minutos entraram no fim: Hulk e Edenilson. Nos acréscimos, Neymar acabou levando o cartão amarelo e não pega a Venezuela na próxima rodada. 


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