RIO — Com mais 1.940 mortes nas últimas 24 horas, o Brasil chegou neste sábado a 277.216 vidas perdidas pela Covid-19 e tem novo recorde de média móvel: 1.824, 51% maior do que há duas semanas. Foram registrados mais 70.934 casos, elevando o total de infecções para 11.439.250, de acordo com o boletim do consórcio dos veículos de imprensa. Já são duas semanas seguidas de recordes diários de média móvel de mortes.
Os dados são do boletim do consórcio de imprensa, uma iniciativa formada por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Os veículos reúnem informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h.
A média móvel de óbitos bateu o recorde pelo 15º dia consecutivo, chegando a 1.761. Trata-se de um avanço de 49% em relação ao visto 14 dias atrás. A média móvel de casos, também observada no boletim, é de 71.419, índice 31% maior ao visto 14 dias atrás. Esse é o maior patamar atingido desde o início da pandemia.
A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
Vinte e cinco estados atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta segunda-feira. Em todo o país, 9.667.997 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 4,57% da população brasileira. A segunda dose da vacina, por sua vez, foi aplicada em 3.539.612 pessoas, ou 1,67% da população nacional.
O consórcio de governadores dos Estados do Nordeste e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, definiram que as 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V negociadas pelo grupo serão incorporadas ao plano nacional de imunizações coordenado pelo governo federal. O anúncio foi feito neste sábado pelo presidente do consórcio, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).
Na prática, isso significa que as vacinas, ao chegarem ao Brasil, serão distribuídas pelo governo federal a todo o país e não apenas aos estados do Nordeste, atendendo às diretrizes do plano de vacinação contra a Covid-19.
Desde o ano passado, o consórcio de estados do Nordeste vem mantendo negociações com o fundo soberano russo para a aquisição da vacina Sputnik. A expectativa é de que um lote de 37 milhões comece a chegar ao Brasil a partir de abril. Segundo o governador da Bahia, Rui Costa (PT), o que falta definir é se o governo federal vai entrar como parte do contrato do consórcio com o fundo soberano russo ou se fará o reembolso do valor gasto pelos estados posteriormente.
De acordo com o planejamento, a expectativa é de que os lotes das vacinas russas cheguem ao Brasil entre abril e julho, em quantidades escalonadas. O primeiro lote seria de 1,9 milhão de doses, em abril. O segundo seria de 5 milhões de doses chegando em maio. Os dois últimos lotes são de 10 milhões (junho) e 20 milhões (julho).
O Ministério da Saúde informou que a previsão é de que haja entregas semanais de lotes vacinas no país nos próximos meses. Entre as entregas semanais estão doses da CoronoVac (produzida em parceria pelo Instituto Butantan e Sinovac), da vacina Oxford-AstraZeneca adquiridas pela iniciativa Covax Facility e pelo laboratório indiano Bharat Biotecn Biotech.