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13/06/2021 às 18h55min - Atualizada em 13/06/2021 às 18h55min

Confusão em Pelotas: Brasil culpa o Vasco, que acusa de volta; árbitro relata início com Marcelo Cabo

Técnico e vice-presidente de futebol xavante criticam a comissão técnica vascaína, que entende o mandante como responsável pela confusão. Árbitro culpa treinador vascaíno

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no Rio Grande do Sul

A confusão após o apito final no Bento Freitas, na noite do último sábado, durou menos de dez minutos, mas incomodou todos os lados envolvidos: nas entrevistas após o jogo, o Brasil de Pelotas acusou o Vasco de ter começado a discussão; neste domingo, o Cruz-Maltino culpou o time xavante de ter iniciado as provocações; já a arbitragem, que expulsou os dois treinadores e um auxiliar vascaíno, relatou na súmula que a briga teve início com uma frase de Marcelo Cabo. Confira as versões.

Cláudio Montanelli, vice-presidente de futebol do Brasil de Pelotas:


“O Vasco estava dentro do Bento Freitas, onde já perdeu em 2016 e ia perder de novo hoje. Fica naquela pressão, reações desproporcionais. Entrei em campo para que cada um se acomodasse. É uma Série B extremamente competitiva e você vê o Vasco tendo atitudes de time não tão grande quanto ele é, exatamente buscando um resultado. O mesmo resultado que nós buscamos e construímos até os 35 minutos do segundo tempo.”

Cláudio Tencati, técnico do Brasil de Pelotas:

“A confusão se deu porque o senhor Marcelo Cabo deveria ter ganhado o jogo e cumprimentado e comemorado com os seus jogadores, e ele se dirigiu para o nosso banco de reservas dizendo para nós: “Ah, faz cera agora. Não estavam se irritando? Toma aí, perderam.” Houve provocação. Tem que ter respeito. Treinador tem que ter postura. Terminou seu jogo, se perdeu, vai para o vestiário. Ganhou, comemora com seus jogadores. Não tem que ficar provocando ninguém. Houve um desrespeito da parte dele e, por isso, gerou toda aquela confusão.

Eu fui chamar atenção dele, o filho dele tentou uma agressão comigo, eu botei a mão para não criar confusão e depois gerou toda a confusão que gerou. Ficou claro nas imagens, mas quem gerou a confusão foi o senhor Marcelo Cabo. Espero que ele repense porque ele é um profissional, e ele tem que conduzir o seu time. Tem que deixar o time dele em orientação, em organização e não fazer essas provocações. É a postura que um profissional tem que ter.”


Confira o que foi relatado na súmula da partida:


“Cartões vermelhos:

Gabriel Cabo
Motivo: por trocar empurrões com o técnico da equipe adversária, Cláudio Tencati.

 

Marcelo Cabo
Motivo: por proferir as seguintes palavras: “Quero ver fazer gracinha agora”, inciando uma confusão entre as equipes.


Cláudio Tencati
Motivo: por trocar empurrões com o auxiliar-técnico da equipe adversária, Gabriel Cabo.


Ocorrências/observações:
 

Expulsei, após o término da partida, o técnico da equipe do CR Vasco da Gama, sr. Marcelo Ribeiro Cabo, pois o mesmo se dirigiu à comissão técnica da equipe GE Brasil proferindo as seguintes palavras: “Quero ver fazer gracinha agora”, iniciando uma confusão entre as equipes.

Em seguida, o treinador da equipe GE Brasil, sr. Cláudio Aparecido Tencati, trocou empurrões com o auxiliar-técnico da equipe do CR Vasco da Gama, sr. José Gabriel Campanelli da Rocha Cabo, sendo contidos pelos atletas de ambas equipes até a entrada do vestiário da equipe visitante, motivo pelo qual ambos também foram expulsos.

Informo que não foi possível apresentar os cartões no campo de jogo pois os envolvidos foram para o vestiário.”


Confira a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Vasco


“Esclarecimentos quanto aos fatos subsequentes à partida deste sábado (12/06), contra o Brasil, pelo Campeonato Brasileiro.

Cronologia dos acontecimentos:

– Médico e massagista do Brasil-RS passaram o jogo todo provocando o banco do Vasco da Gama, dentro da área de competição;

– Os profissionais diziam, inclusive, frases como “Boa viagem pra vocês” e “Ainda vão tomar mais”, desde o primeiro tempo de partida;

– Quando o Vasco virou o jogo, o técnico Marcelo Cabo comemorou com os jogadores que estavam aquecendo, do lado contrário ao do banco do Brasil-RS. As imagens são claras. Quem comemorou perto do banco do Brasil foram os próprios atletas do Vasco;

– Ao final do jogo, Marcelo Cabo se direcionou ao médico e ao massagista que provocaram o banco vascaíno ao longo da partida com a seguinte frase: “Vocês têm que aprender a respeitar o trabalho dos outros. Respeita o Vasco. Faz graça agora”;

– Cláudio Tencati, que foi treinador do assistente técnico do Vasco, Gabriel Cabo, no Londrina, sem saber o que aconteceu durante todo o jogo, se sentiu ofendido e iniciou a confusão;

– O árbitro e seus auxiliares já estavam perto do meio do campo neste momento. Quem relatou o acontecido, de forma parcial e errada, foi o quarto árbitro, gaúcho, que deixou os integrantes da comissão técnica do Brasil-RS fazerem o que fizeram durante todo o confronto e, em nenhum momento, os repreendeu;

– Houve também desentendimento nas arquibancadas do estádio, pois os dirigentes do Brasil-RS mandaram fechar os portões de acesso ao campo, não permitindo a passagem da delegação vascaína ao vestiário, situação que só foi resolvida com a chegada dos representantes da CBF.

Por conta dos cartões vermelhos recebidos por Marcelo Cabo e seu assistente, Gabriel Cabo, a próxima partida do Campeonato Brasileiro, contra o Avaí, em São Januário, será comandada pelo auxiliar Fábio Cortez.”

 

 


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