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Presidente diz que caiu numa ‘arapuca’ montada no governo Bolsonaro

Segundo o presidente, o aumento do dólar aconteceu porque o BC teve uma gestão “totalmente irresponsável e deixou “uma arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para a outra”.

História de CdB
06/02/2025 21h23 - Atualizado há 4 dias

Presidente diz que caiu numa ‘arapuca’ montada no governo Bolsonaro
Paulo Guedes desorganizou a economia brasileira a tal ponto que gerou consequências anos depois

Por Redação – de Brasília

A administração da economia brasileira, sob a égide do então ministro Paulo Guedes e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, deixou “uma arapuca” montada. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve como desviar da armadilha e o dólar começou a disparar, no fim do ano passado.

A descrição do momento coube ao próprio presidente Lula, na manhã desta quinta-feira, durante uma entrevista coletiva. Segundo o presidente, o aumento do dólar aconteceu porque o BC teve uma gestão “totalmente irresponsável e deixou “uma arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para a outra”.

O líder brasileiro afirmou que a sua gestão pretende “ver o que pode fazer para garantir que a cesta básica caiba dentro do orçamento do trabalhador com uma certa flexibilidade”. Disse, ainda, que o aumento do salário mínimo deve ser compensado com redução dos preço dos alimentos.

— É muito caro para mim quando eu percebo que o pessoal está podendo comprar menos hoje do que comprava ontem, porque houve um aumento de produto. Isso me deixa preocupado porque eu vivi grande parte da minha vida dentro de uma fábrica, e eu sei quanto isso implica para o trabalhador, para aquelas pessoas que ganham menos — observou.

Consciência

Ainda afirmou que “uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo”, e que “o povo não pode ser extorquido” com elevação do valor de produtos após aumentos salariais.

— Se você vai num supermercado aí em Salvador e desconfia que tal produto está caro, você não compra. Se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar (o preço), senão vai estragar (na prateleira) — acrescentou.

Segundo Lula, o crédito está em expansão e haverá medidas anunciadas sobre o tema nas próximas semanas “porque o dinheiro tem que circular”.

Expectativa

A disparada do dólar no fim de 2024 foi considerada um reflexo de variações no mercado internacional após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos; além de reação de investidores a incertezas em relação à trajetória de aumento da dívida pública, depois de uma frustração com a expectativa de um ajuste de gastos pelo governo.

Nas últimas semanas, a cotação da moeda norte-americana entrou em queda, e Lula reafirma que não fará “bravatas” para conter os preços dos alimentos.


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