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Lula: Se Trump taxar produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar americanos

História de Lavínia Kaucz, Sofia Aguiar, Gabriel Hirabahasi e Victor Ohana
30/01/2025 20h01 - Atualizado há 14 horas

Lula: Se Trump taxar produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar americanos
'Esse negócio de descumprir o Acordo de Paris, dizer que não vai dar dinheiro para OMS, é uma regressão à civilização humana', disse Lula, a respeito de Trump Foto: Ricardo Stuckert/PR

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, taxar produtos importados do Brasil, haverá reciprocidade.

“Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos que são importados dos Estados Unidos. Não há nenhuma dificuldade”, disse Lula em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 30.

Em evento para republicanos na Flórida, na segunda-feira, 27, o presidente americano afirmou que o Brasil está entre os países que cobram muitas tarifas e que querem “prejudicar” os EUA. “A China é um grande criador de tarifas, assim como a Índia, o Brasil e muitos outros países. Não vamos permitir que isso continue, porque vamos colocar os Estados Unidos em primeiro lugar”, afirmou Trump.

Nesta quinta-feira, 30, Lula afirmou: “Eu quero respeitar os EUA e quero que o Trump respeite o Brasil. Se isso acontecer, está de bom tamanho. Da minha parte, o que eu quero é melhorar a relação com os EUA, exportar mais se for necessário, importar mais se for necessário, e manter nossa relação de 200 anos.”

Lula disse que “não há nenhum interesse agora”, nem dele nem de Trump, em um telefonema ou encontro. “Essas conversas só acontecem quando você tem interesse, tem alguma coisa para tratar”, afirmou. Ele disse que um encontro pode acontecer na ONU “se ele não desistir da ONU também”.

“Esse negócio de descumprir o Acordo de Paris, dizer que não vai dar dinheiro para OMS (Organização Mundial da Saúde), é uma regressão à civilização humana”, destacou.

Questão climática

O presidente disse que “é preciso fazer uma discussão séria se queremos discutir a questão do clima com seriedade, se queremos uma transição energética de verdade e se queremos mudar o nosso planeta para podermos sobreviver nele”. Segundo ele, a COP-30, em Belém, vai ser “um balizamento” do que o governo quer daqui para frente.

“Em qualquer parte da Terra dão palpite sobre a Amazônia, todo mundo é especialista, todo mundo quer proteger. Então vamos fazer (a COP) lá, na cidade de Belém, para as pessoas saberem o que é a Amazônia”, declarou o petista.

Sobre a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, Lula disse que o país já não tinha cumprido o Protocolo de Kyoto. Os países se comprometeram a dar US$ 100 bilhões por ano para os países em desenvolvimento e até hoje não deram”, declarou.

O presidente elogiou a organização do G-20 no Brasil no ano passado e disse que o País pretende fazer o melhor encontro dos Brics e a melhor COP neste ano. “Se não fizermos algo forte, a COP vai ficar desmoralizada”. Lula rebateu ainda questionamentos sobre a infraestrutura em Belém para receber as delegações de todo o mundo e afirmou que “ninguém vai ficar sem lugar para dormir”.

Em fala inicial durante entrevista coletiva à imprensa nesta quinta-feira, 30, Lula repetiu o discurso de de que é alvo de mentiras na internet e disse que os críticos ao seu governo terão de “aprender a fazer luta de rua”.

“Quem quiser derrotar a política do meu governo vai ter de aprender a fazer luta de rua. É mais fácil ficar na internet mentindo, mas é difícil ir para a rua e discutir com o povo as coisas que estão acontecendo no País. Esse é o meu tipo de governar”, declarou.


FONTE: https://www.msn.com
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