O governo Lula determinou o esvaziamento da Embaixada do Brasil em Damasco, na Síria, e tem atuado para evacuar seu corpo diplomático da sede do órgão. A ordem é do Palácio do Planalto e ocorre para proteger os servidores em meio à escala da tensão após a derrubada do ditador Bashar al-Assad.
Segundo o Blog da Daniela Lima no g1, a operação está ocorrendo nesta segunda (9) e conta com o apoio da ONU (Organização das Nações Unidas). A ideia é levar os diplomatas e demais servidores até o Líbano em comboio.
A avaliação da diplomacia brasileira é a de que existe uma grande possibilidade de a situação na Síria piorar em breve, com grupos extremistas se enfrentando para manter o controle sobre regiões.
A determinação do governo brasileiro se soma a outros países da Europa, que também determinaram o esvaziamento das embaixadas. As decisões surgiram após incidentes em órgãos diplomáticos, como de Cuba e Itália.
Há temor de que Israel, que já ampliou suas ações militares e bombardeiros na Síria após a queda de Assad, tente anexar de vez o território. Diplomatas brasileiros acreditam que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, possa apoiar a iniciativa.
No momento, não existe uma ação para resgatar cerca de 3 mil brasileiros que vivem na Síria. Segundo diplomatas “não houve demanda expressiva” para justificar o envio de um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para a região.
O Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado neste domingo (8) pedindo para que os brasileiros que vivem no país tentem deixar o território por meios próprios. A pasta diz que o governo acompanha a situação “com preocupação”.