A arma apreendida com o suspeito de matar a adolescente de 13 anos, Ana Beatriz, pertence a um policial militar da reserva, que é pai do homem preso na manhã desta terça-feira (17), na Ponta Grossa, em Maceió. Ele morava próximo ao local do crime com os pais e mais dois irmãos.
As informações são da delegada Tacyane Ribeiro, em entrevista à repórter Maria Maciel, no programa Fique Alerta, da TV Pajuçara. A coordenadora da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) explicou que o calibre 380 coincide com o do revólver utilizado no assassinato. A arma será periciada pela Polícia Científica.
“Estamos apurando a motivação do suspeito. O celular dele foi apreendido e o processo de investigação continua. Ele negou a autoria do fato. É um potencial psicopata, é um rapaz muito frio. Estamos tentando obter essas outras elucidações, para concluirmos o inquérito”, relatou a delegada.
Mais cedo, o delegado Francisco Medson destacou que o suspeito se identificou como uma pessoa que trabalha como agente de segurança e mostrou frieza no momento da prisão, negando ter matado a adolescente. "Ele nega que tenha participado do crime e se mostra surpreso com a prisão [...] A gente viu frieza nele, nenhuma pessoa que diz ser agente de segurança quer ter a Segurança Pública na sua residência", disse o delegado.
O homem também está sendo investigado por outros crimes semelhantes, incluindo o homicídio de outra menor de idade, por se tratar do mesmo modus operandi.
Segundo informações do sindicato dos policiais penais ao TNH1, o homem foi identificado como Albino Santos de Lima, vulgo Formiga. Ele era prestador de serviço como agente penitenciário até 2020, quando houve a mudança de nomenclatura e o fim das prestações de serviços.
O caso - A adolescente de apenas 13 anos de idade foi assassinada com um tiro na cabeça, na noite do dia 26 de agosto, no bairro da Levada, em Maceió. Segundo a ocorrência do 1º Batalhão da Polícia Militar, a vítima teria sido seguida pelo criminoso e baleada na cabeça.
O homem teria fugido logo em seguida, com a arma em punho, em direção à Vila Brejal. Testemunhas relataram que o assassino estava usando roupas pretas e media cerca de 1,75m.
Ana Beatriz chegou a ser socorrida por populares ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas a polícia constatou o óbito na unidade hospitalar logo depois. De acordo com o relatório, familiares da jovem disseram aos militares que ela não tinha envolvimento com o tráfico e nem era usuária de drogas.
A família acredita que o autor do crime possa ter tentado se relacionar com a vítima, que possivelmente não queria nada com ele. A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, está com o caso.