Em seu segundo e último dia de visita o Chile, o o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre uma extensa agenda de encontros. Na noite passada, participou do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Chile, que reuniu cerca de 500 empresários de ambos os países com objetivo de proporcionar oportunidades de negócios e estreitar as relações comerciais entre as duas economias.
— Se o Brasil e o Chile atingem um comércio de R$ 13,5 bilhões, isso representa o fortalecimento do nosso continente — calcula o presidente, que está de volta ao Brasil e já despachando no Palácio do Planalto.
Aos empresários, Lula destacou a importância da boa relação com os países da América Latina para a cooperação em acordos econômico-sociais.
— A integração com os vizinhos voltou a ser prioridade para o Brasil. Essa certeza gera confiança para negociar e investir. Essa visita representa a renovação de uma parceria fundamental para o futuro da América do Sul. Assinamos 19 acordos, muitos com impacto direto em nossas relações econômico-comerciais, como agricultura, combate às mudanças climáticas, turismo, ciência e tecnologia e combate às desigualdades. Quando há bom diálogo político entre os países, o comércio e os investimentos florescem, gerando renda, emprego e inovação — acrescentou.
Segundo Lula, “a expressiva participação de empresários e empresárias neste avento reflete a força do empreendedorismo latino-americano e da política econômico-comercial de nossos países”. O encontro empresarial foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil).
Lula em Santiago: encontro com Boric e acordos milionários
A expectativa de investimentos tem sido otimista, podendo movimentar R$ 82 milhões, segundo o presidente da Agência, Jorge Viana.
— O Brasil também precisa abrir suas portas para a imensa cadeia produtiva que o Chile tem — afirmou.
A reunião conta com a participação de parceiros fundamentais na manutenção do fluxo de comércio entre Brasil e Chile. Entre eles, representantes da Câmara Chileno-Brasileira de Comércio; do Conselho Empresarial Brasil-Chile; da Confederação Nacional da Indústria e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre outros.
Os organizadores esperam, ainda, que o Fórum seja um importante espaço para estreitar as parcerias.
— Estamos inaugurando uma nova relação de comércio, de fluxo, de amizade e de convivência com os irmãos chilenos e chilenas — resumiu Viana.