O advogado Frederik Wassef, defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que está "passando por tudo isto apenas por exercer advocacia em defesa de Bolsonaro". Nesta quinta-feira (4), ele foi indiciado pela Polícia Federal (PF) no caso das joias sauditas pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. "Como advogado de Jair Messias Bolsonaro, venho a público reafirmar que não foi Jair Bolsonaro e nem o Coronel Cid quem me pediram para comprar o Rolex. Eu estava em viagem nos Estados Unidos por quase um mês e apenas pratiquei um único ato, que foi a compra do Rolex com meus próprios recursos", comunicou o advogado em nota. O Rolex, um relógio de luxo, foi dado a Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita. Segundo a PF, os itens foram omitidos do acervo presidencial e vendidos no exterior. Wassef defende que a compra do relógio foi feita para que o relógio fosse devolvido ao governo federal, e que entregou provas disso à PF. O advogado também afirma que nem ele nem o resto da defesa do ex-presidente tiveram acesso ao relatório final da investigação. Além dele, Jair Bolsonaro e mais outras dez pessoas foram indiciadas, como o assessor e ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten. Agora, o indiciamento precisa ser entregue ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Lista completa de indiciados no caso das "joias sauditas":
Jair Bolsonaro Bento Albuquerque; José Roberto Bueno Júnior; Julio Cesar Vieira Gomes; Marcelo da Silva Vieira; Marcos André dos Santos Soeiro; Mauro Cesar Barbosa Cid; Fabio Wajngarten; Frederick Wassef; Marcelo Costa Câmara; Mauro Cesar Lourena Cid; Osmar Crivelatti
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PF indicia Bolsonaro no caso das joias sauditas | AFP