Padilha falou após reunião na manhã desta segunda-feira (17) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os líderes do governo no Congresso.
Para o ministro, responsável pela articulação política do governo, a aprovação da urgência do texto na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (12), não significa que o mérito será pautado para votação.
“Não tem clima e ambiente e nunca houve compromisso dos líderes, não só do governo, de votar o mérito, e não tem ambiente para se continuar o projeto”, disse.
Na semana passada, Padilha já tinha dito que o presidente Lula sempre garantiu, atendendo a solicitações de lideranças religiosas, que “nunca ia fazer nada para mudar a legislação atual do aborto no país”.
Prioridades do governo
Essa foi a terceira reunião semanal da equipe de articulação, após Lula pedir que os encontros se tornassem frequentes, como estratégia de se aproximação e maior envolvimento do chefe do Executivo com as pautas da Câmara e do Senado Federal.
Os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Fazenda, Fernando Haddad, e da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, também participaram.
Em entrevista à imprensa, após a reunião, Padilha reforçou a prioridade com as pautas econômicas e negou que o governo esteja discutindo qualquer mudança no arcabouço fiscal.
Também existe a expectativa, segundo o ministro, de concluir a regulamentação da reforma tributária ainda no primeiro semestre. A votação do Projeto de Lei na Câmara dos Deputados deve ocorrer na primeira semana de julho, antes do recesso parlamentar.