23/05/2024 às 20h29min - Atualizada em 23/05/2024 às 20h29min
Ex-comunista tem apoio de radicais da extrema direita, em lançamento de livro
Por Redação - de Brasília
O ex-comunista Aldo Rebelo de Castro; em seu apartamento em bairro paulistano de alto luxo, significa uma decepção para a esquerda brasileira © Fornecido por Correio do Brasil -
Ainda no governo da presidenta deposta em um golpe de Estado, consolidado em 2016, Rebelo já dava sinais de que mudara de camisa. Durante a tentativa violenta de ruptura do Estado Democrático e de Direito, no 8 de Janeiro, o ex-dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) confirmou a debandada, ao classificar como “fantasia” a alegação de que os atos terrorista visavam um novo golpe de Estado, no país.
No lançamento do livro ‘Amazônia, a maldição das Tordesilhas: 500 anos de cobiça internacional’, de autoria do ex-militante comunista Aldo Rebelo (MDB), ex-ministro dos governos Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) e o ex-assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Villas Bôas, foram presenças notadas. Rebelo atualmente é secretário de Relações Internacionais na prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), que tem o apoio de Bolsonaro para a reeleição nas eleições deste ano.
No primeiro mandato do presidente Lula (PT), entre 2004 e 2005, Rebelo exerceu o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais. Quando Dilma assumiu o poder, voltou ao governo e chefiou os ministérios do Esporte, da Ciência e Tecnologia, e da Defesa.
Debandada
Ainda no governo da presidenta deposta em um golpe de Estado, consolidado em 2016, Rebelo já dava sinais de que mudara de camisa. Durante a tentativa violenta de ruptura do Estado Democrático e de Direito, no 8 de Janeiro, o ex-dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) confirmou a debandada, ao classificar como “fantasia” a alegação de que os atos terrorista visavam um novo golpe de Estado, no país.
Segundo Rebelo, o argumento servia apenas para manter viva aquela que ele considera “suposta polarização política”, para dar tração a uma aliança entre o executivo e o Judiciário para se contrapor ao Legislativo. Para ele, atribuir o que foi um ato de um “bando de baderneiros” é desmoralizar a “instituição do golpe de Estado”.