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26/03/2024 às 19h56min - Atualizada em 26/03/2024 às 19h56min

‘Tentativa de fuga’ para embaixada leva Bolsonaro ao ridículo

Bolsonaro sempre fez questão de demonstrar seu apoio à escória neofascista que assumiu os governos da Hungria, com Viktor Orbán; da Argentina, com Javier Milei, e dos EUA, no caso do ex-presidente Donald Trump.

Correio do Brasil - Por Redação
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Bolsonaro dormiu por duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília © Fornecido por Correio do Brasil
O flagrante capturado na matéria do diário norte-americano The New York Times (NYT), do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) recolhido à embaixada da Hungria, durante o carnaval, foi motivo de gargalhadas nos corredores do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme apurou a reportagem do Correio do Brasil (CdB), nesta terça-feira. Funcionárias da representação húngara carregando travesseiros e lençóis, às pressas, deram o tom da situação ridícula porque passou o ex-presidente.

Para alguns ministros do STF, a hospedagem de Bolsonaro (PL) logo depois de ter o seu passaporte apreendido pela Polícia Federal (PF) em fevereiro, pela suspeita de uma possível participação no golpe fracassado em 8 de Janeiro, pode ser compreendida como um seguro contra o iminente pedido de prisão preventiva a que está sujeito.

 

Para o canal norte-americano de TV CNN Brasil, no entanto, também é possível que Bolsonaro estaria buscando se passar como um "mártir" perante a comunidade internacional e a mídia, fortalecendo laços com governos e líderes da direita e da extrema direita mundial.

— É um fato que por ora prova por si só o seguinte: articulação internacional dos populistas autoritários que têm em comum pouco apreço pelas instituições democráticas — disse um ministro do STF à CNN.

Imaginário

Bolsonaro sempre fez questão de demonstrar seu apoio à escória neofascista que assumiu os governos da Hungria, com Viktor Orbán; da Argentina, com Javier Milei, e dos EUA, no caso do ex-presidente Donald Trump.

Mas, no caso em questão, deu tudo errado para Bolsonaro. Ele não foi preso, durante os dois dias em que permaneceu ‘exilado’ no quintal de casa e revelou aos magistrados o seu plano de fuga, para o caso de haver um pedido de prisão real, e não imaginário como ocorreu.

Ainda assim, o ministro do STF Alexandre de Moraes concedeu o prazo de 48 horas, a vencer nesta quinta-feira, para que Bolsonaro explique, com detalhes, o que foi fazer na embaixada da Hungria entre os dias 12 e 14 de fevereiro, pleno carnaval no Brasil.

Fato relevante

Bolsonaro buscou por solo estrangeiro logo após convocar seus seguidores ao ato na Avenida Paulista, em São Paulo, para algumas semanas depois. O diário nova-iorquino teve acesso às filmagens das câmeras de segurança da embaixada que mostram o ex-presidente chegando ao local no dia 12 de fevereiro, quatro dias após a deflagração da operação Tempus Veritatis, que investiga o 8 de Janeiro.

Em resposta à mídia, os advogados de Bolsonaro divulgaram uma nota, na véspera, na qual afirmam que ele esteve na embaixada a convite para "manter contatos com autoridades do país amigo".

Como consequência dos fatos, o Ministério das Relações Exteriores solicitou a presença do embaixador da Hungria, Miklós Halmai, para prestar explicações, demonstrando a insatisfação do governo brasileiro com a situação, o que é um fato relevante no campo da diplomacia.


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