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18/03/2024 às 21h19min - Atualizada em 18/03/2024 às 21h19min

Malafaia admite que ato público na Avenida Paulista era contra o STF

O ex-mandatário neofascista é suspeito de liderar a tentativa fracassada de um golpe de Estado, no 8 de Janeiro. Em seguida, o líder religiosos reforça a ameaça à Corte Suprema, ao afirmar que “o negócio vai ficar feio” caso Bolsonaro seja preso.

História de CdB - Por Redação, com RBA
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O pastor Silas Malafaia pagou as despesas da manifestação convocada por Bolsonaro © Fornecido por Correio do Brasil

Em recente entrevista à apresentadora de ultradireita Antonia Fontenelle, o pastor Silas Malafaia detalhou os bastidores do ato público bolsonarista de 25 de fevereiro, na Avenida Paulista. Malafaia admitiu que o objetivo do ato era emparedar o Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de impedir uma possível prisão de Jair Bolsonaro (PL).

O ex-mandatário neofascista é suspeito de liderar a tentativa fracassada de um golpe de Estado, no 8 de Janeiro. Em seguida, o líder religiosos reforça a ameaça à Corte Suprema, ao afirmar que “o negócio vai ficar feio” caso Bolsonaro seja preso.

‘Eu banco’

Malafaia lembrou, ainda, que observava o ex-presidente desanimado, cabisbaixo com as investigações da Polícia Federal (PF) contra ele e seus filhos, principalmente o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ). Foi quando decidiu lhe telefonar e oferecer o financiamento para o ato com os apoiadores da ultradireita e evangélicos, no último domingo de fevereiro.

— Você quer ser preso em Mambucaba chorando ou quer ser preso com o povo na rua? Se você botar o povo na rua eles vão pensar duas vezes antes de te prender. E se isso acontecer o negócio vai ficar feio — disse Malafaia ao ex-presidente.

Todos os custos da manifestação correram por conta do pastor, segundo seu próprio relato.

— Vamos convocar a manifestação para o último dia de fevereiro, pode deixar que eu banco — disse.

Arroubos

A manifestação contou com a presença de seguidores de Bolsonaro, como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo; Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais, Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.

Também estiveram presente os deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP); o senador Magno Malta (PL-ES) e o ex-deputado federal João Roma (PL).

Apesar dos arroubos, Malafaia jogou dinheiro fora. Os ministros do STF, logo após o ato, afirmam que a manifestação não interfere na eventual prisão do ex-presidente caso venha a acontecer, em breve.


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