Por Redação - de Brasília
A nova fase da Operação Lesa Pátria, em curso nesta sexta-feira, aproxima-se do círculo político bolsonarista mais graduado, nas investigações sobre o 8 de janeiro. Uma das principais lideranças oposicionistas no Congresso, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) foi alvo de buscas da Polícia Federal, na véspera, em apuração destinada a identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram os ataques golpistas às sedes dos três Poderes.
Nas fases anteriores da operação, os investigadores buscaram militantes pouco conhecidos do bolsonarismo, como empresários de cidades interioranas, sem se aproximar de expoentes ligados ao governo anterior e sem ter atingido parlamentar do Congresso.
A ação foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), onde a apuração tramita sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, após pedido da PF, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Em sua decisão, o ministro autorizou, além das buscas, a quebra dos sigilos telefônicos e telemáticos dos dispositivos apreendidos; além de emails e contas das redes sociais e de aplicativos de mensagens.
A atual fase da Lesa Pátria busca, segundo a PF, identificar os responsáveis por bloqueios de rodovias e dos acampamentos nos arredores de quartéis das Forças Armadas após a eleição. Deflagrada dias após os atos de vandalismo às sedes dos Poderes, a Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Essa é a 24ª fase da operação, que já cumpriu 97 mandados de prisão preventiva e 313 de busca e apreensão.