As reservas de combustível dos hospitais da Faixa de Gaza deverão durar apenas mais 24 horas, disse o escritório humanitário das Nações Unidas (OCHA) neste domingo (15).
“O desligamento dos geradores de reserva colocaria em risco a vida de milhares de pacientes”, disse o OCHA em seu site.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha alertou na quinta-feira (12) que os hospitais em Gaza “correm risco de se transformarem em necrotérios” à medida que ficam sem energia.
A crise humanitária está se agravando rapidamente em Gaza, onde agências humanitárias e autoridades de Saúde relatam que centenas de milhares de pessoas foram deslocadas devido à escassez de alimentos, água e eletricidade, o que pressiona ainda mais as instalações médicas.
Segundo representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) para o estado da Palestina, Dominic Allen, há 50 mil mulheres grávidas em Gaza, que vem enfrentando um “pesadelo” com o conflito.
“O próprio sistema de saúde em Gaza é crítico. Está sob ataque, à beira do colapso e as grávidas que nos preocupam seriamente não têm para onde ir. Eles estão enfrentando desafios impensáveis”, disse Allen em entrevista à CNN neste domingo (15).
Allen afirmou que cerca de 5.000 das 50 mil mulheres grávidas deverão dar à luz no próximo mês, e algumas delas poderão enfrentar complicações.
As pessoas na área ainda podem usar geradores para obter eletricidade, mas com um bloqueio em todos os lados da fronteira, o combustível necessário para o funcionamento dos equipamentos está acabando, advertiu a autoridade.