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11/10/2023 às 20h34min - Atualizada em 11/10/2023 às 20h34min

PF diz que Bolsonaristas tinham data limite para suposto golpe contra Lula

Essa data coincidia com a véspera da data originalmente prevista para a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva.

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©Foto: Divulgação
De acordo com as informações reunidas até o momento pela Polícia Federal em suas investigações sobre a suposta tentativa golpista de Jair Bolsonaro, há indícios de que existia uma data limite para a possível tomada do poder, caso o presidente da República saísse derrotado nas eleições: 18 de dezembro de 2022. Essa data coincidia com a véspera da data originalmente prevista para a diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva.

Entretanto, é importante mencionar que a diplomação de Lula ocorreu em 12 de dezembro, uma semana antes da data limite estabelecida por lei, que era o dia 19. Apesar disso, as investigações sugerem que os envolvidos nos planos golpistas continuaram conspirando para efetivar um golpe de Estado no país.

De acordo com informações divulgadas pelo blog da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, fontes próximas à investigação revelaram que as conclusões resultantes das descobertas feitas tanto no inquérito relacionado aos eventos de 12 de dezembro quanto no inquérito do dia 8 de janeiro, juntamente com as ações da Polícia Rodoviária Federal e as atividades das milícias digitais, sugerem que havia dois grupos operando simultaneamente.

Por um lado, havia o grupo operacional, responsável pelo planejamento de manifestações, bloqueios em rodovias e distúrbios, como os ocorridos em 12 de dezembro. Nesse dia, carros e ônibus foram incendiados na região central de Brasília após a detenção de um líder indígena por envolvimento em atos antidemocráticos.

O segundo grupo era de natureza política e estava focado em criar um tipo de “arcabouço legal” que justificaria a implementação de medidas excepcionais assim que uma dessas iniciativas de distúrbio “popular” tivesse êxito.

Os documentos, como a “minuta do golpe” encontrada na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o texto que, segundo o relato do ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, teria sido debatido com os comandantes das Forças Armadas, faziam parte desses esforços.


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