O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse na 3ª feira (19.set.2023) que a possível denúncia ao TPI (Tribunal Penal Internacional) por sua atuação em relação ao atos extremistas do 8 de Janeiro é um “ataque extravagante”. A oposição pretende denunciar Dino por “crime de guerra” por mandar prender 1.300 pessoas envolvidas no episódio.
“Vamos no Tribunal de Haia, no Capitólio, em Portugal, na Espanha, nós vamos denunciar tudo isso que vocês estão vendo e que aqui dentro e que não gera nenhuma comoção do grande consócio de imprensa”, declarou o deputado Jorge Seif (PL-SC) em entrevista ao canal Jogo Político na 3ª (19.set).
Ao se manifestar sobre o assunto, o ministro Flávio Dino disse que vem sendo alvo de uma “onda desvairada de ataques”, inclusive de fake news. Para o ministro, a denúncia à Corte internacional é uma confissão de que os envolvidos no 8 de Janeiro “estavam em guerra” e questiona contra quem seria essa guerra.
“Tenho recebido uma onda desvairada de ataques, desde agressões vis até a já conhecida indústria de fake news. Além dos xingamentos habituais, chegaram a duvidar se eu tenho conhecimento jurídico. Porém, o ataque mais extravagante é me denunciar por “crime de guerra”, no Tribunal Penal Internacional. Quer dizer que admitem que no dia 8 de janeiro os vândalos estavam em guerra? Contra quem? Contra o Brasil?”, questionou o ministro em publicação no X (ex-Twitter).
A Corte também foi pauta de falas de Dino na semana passada. Na 4ª feira (13.set), ele defendeu que a ONU (Organização das Nações Unidas) discuta novamente o Estatuto de Roma. Para ele, o tribunal atualmente é “desequilibrado”