Segundo a coluna, os principais esclarecimentos já foram prestados por Mauro Cid em seus depoimentos. Agora, a atenção se volta para a verificação da veracidade e consistência das informações apresentadas. As chamadas “diligências complementares” serão conduzidas com o objetivo de fortalecer ou refutar as declarações do delator, um passo crucial na construção do caso.
A delação de Mauro Cid abrange uma série de temas que envolvem Bolsonaro. Cid era conhecido como uma figura de confiança do ex-chefe de Estado, frequentemente chamado para resolver questões políticas e pessoais. Até o momento, três principais eixos da investigação foram delineados com base nas revelações de Cid. O primeiro envolve a fraude relacionada ao cartão de vacinação. O segundo é o desvio de presentes valiosos, levantando questões sobre o possível uso indevido de recursos públicos. Por fim, o terceiro eixo diz respeito à suposta articulação para a tentativa de um golpe após a derrota nas eleições de 2022.
No que tange a essa última acusação, a PF alega que Mauro Cid tinha a responsabilidade de buscar argumentos legais para justificar a ruptura institucional. Isso teria incluído a encomenda, repasse e distribuição de teorias duvidosas relacionadas ao artigo 342 da Constituição Federal.