Feminicídio, motivo torpe e por meio de recursos que dificultou a defesa da vítima: foi com base nessa acusação que o Ministério Público do Estado de Alagoas denunciou, nesta quinta-feira (27), Leandro Pinheiro Barros pelo crime de homicídio triplamente qualificado contra a companheira dele, a jovem Mônica Cristina Cavalcante Alves Barros, de 26 anos. Ela foi assassinada no dia 18 de junho, em via pública, no município de São José da Tapera.
A denúncia foi ajuizada pelo promotor de Justiça Fábio Bastos Nunes que, após receber o inquérito da Polícia Civil, analisou os autos e concluiu que o ilícito penal foi praticado de forma planejada pelo réu. “O acusado praticou feminicídio em desfavor de sua mulher, de forma premeditada, em frente ao fórum da comarca de São José da Tapera, revelando destemor à Justiça e às consequências jurídicas penais”, diz um trecho da ação penal.
Na petição, o promotor de Justiça também relata o grau de frieza de Leandro Pinheiro Barros: “O tiro à curta distância, conforme resta evidenciado nos exames periciais, demonstra toda frieza na execução do crime, e denota a periculosidade real do acusado”, enfatizou ele.
Prisão
Na denúncia, Fábio Bastos Nunes também pediu a prisão de Leandro Pinheiro Barros. “Frente a imputação ora formulada e em razão da imprescindibilidade da medida, requer que seja decretada a prisão preventiva do denunciado para a garantia da ordem pública e aplicação da lei penal em razão da gravidade em concreto do crime, revelado pelo modus operandi empregado”, argumentou o promotor.
Outro fundamento utilizado pelo MPAL para requerer a prisão preventiva do réu foi o fato de ele fugir do local do crime, como forma de se furtar do flagrante delito. Até o momento, ele continua foragido.
O caso
Mônica Cristina Cavalcante Alves Barros foi morta a tiros, em 18 de junho do mês passado, por Leandro Pinheiro Barros. Pessoas próximas ao casal relaram que eles estavam numa festa e teriam discutido, motivo que levou Mônica a deixar o local. Nesse mesmo dia, ela gravou um vídeo dizendo temer por sua própria vida e afirmou que, caso algo de mal lhe acontecesse, o responsável seria o marido. Horas depois ela foi assassinada.