Preso desde 2019, o ex-policial militar Élcio de Queiroz fez uma delação premiada com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que aponta Ronnie Lessa como o executor da vereadora Marielle Franco. E mais: segundo o delator, Lessa havia tentado matar Marielle meses antes, no final de 2017.
No depoimento, Élcio relembra que passou a virada de 2017 para 2018 com Ronnie. Alcoolizado, Lessa desabafou e contou que semanas antes havia tentado “pegar a mulher que estavam monitorando há alguns meses”.
Na ocasião frustrada, Lessa estava acompanhado pelo ex-bombeiro Maxwell Corrêa, preso nesta segunda-feira (24/7), e pelo ex-PM Edmilson, morto à tiros em 2021. Eles chegaram a perseguir a “mulher monitorada”, que estava em um táxi, próximo ao bairro Estácio. Na ocasião, Maxwell estava como motorista, Ronnie com uma submetralhadora no bando(sic...) do carona e Edmilson com um fuzil no banco de trás, conforme delatado por Élcio.
A falha, de acordo com a delação de Élcio, aconteceu porque Maxwell afirmou, na hora do crime, que o carro “deu problema” e “falhou”. Lessa, no entanto, confidenciou a Élcio estar chateado por acreditar que, na verdade, foi “refugo” do motorista.