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20/07/2023 às 16h37min - Atualizada em 20/07/2023 às 16h37min

CGU identifica irregularidades contábeis de R$ 202 bilhões em cinco ministérios da gestão Bolsonaro

Auditorias revelam que as distorções identificadas geram demonstrações contábeis que não refletem a situação financeira das pastas

Redação Terra
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Ex-presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto 15/01/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino Foto: Reuters

Auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) identificaram distorções contábeis que somam R$ 202 bilhões em 5 ministérios do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme levantamento realizado pela GloboNews.

De acordo com a reportagem, as incongruências nas contas foram constatadas nos seguintes ministérios:

  1. Agricultura: distorção de R$ 142,9 bilhões
  2. Infraestrutura: R$ 20,3 bilhões
  3. Educação: R$ 17,1 bilhões
  4. Saúde: R$ 15,9 bilhões
  5. Cidadania: R$ 6,3 bilhões

Agricultura

O ministério que apresentou a maior distorção foi o da Agricultura, que, até a gestão anterior, englobava o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O Incra, responsável pela reforma agrária, possui um patrimônio estimado em R$ 124 bilhões em terrenos, além de R$ 95 bilhões em fazendas, parques e reservas.

Após selecionar 155 imóveis para verificar a compatibilidade das avaliações com os valores de mercado, os técnicos da CGU constataram uma defasagem de 63%. Neste caso, a estimativa da CGU é de uma distorção de cerca de R$ 140 bilhões.

MEC

A mais recente auditoria realizada no Ministério da Educação (MEC) apontou erros contábeis no valor de R$ 17 bilhões. Durante a análise, foram identificadas 26 inconformidades nas contas do órgão.

Uma das situações encontradas envolve imóveis utilizados por entidades vinculadas ao MEC através de cessão de uso, que foram indevidamente registrados como se pertencessem à própria pasta. Somente esse aspecto causou uma distorção de R$ 1,1 bilhão nas contas.

O valor de R$ 17 bilhões, identificado pela auditoria da CGU no MEC, não considera as distorções corrigidas após a notificação. Uma dessas correções refere-se aos dados do Fies, programa de financiamento estudantil, que lançou indevidamente como despesas operações no montante de R$ 124 bilhões.


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