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06/07/2023 às 18h48min - Atualizada em 06/07/2023 às 18h48min

PM acusado de estupro e homicídio no Pontal vai a júri popular

Denúncia do MP aponta que o policial abordou o casal na porta de casa e os levou para um matagal; o crime ocorreu em 2019

Hebert Borges
https://www.gazetaweb.com
FOTO: reprodução - Josevildo Valentim atuava no 1° BPM quando praticou os crimes
Será julgado, na próxima quinta-feira (13), o policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior, que é acusado de estupro, homicídio e tentativa de homicídio cometidos no dia 15 de outubro de 2019, em um matagal do Pontal da Barra, em Maceió. A denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) aponta que o PM abordou um homem e uma mulher na porta de casa e os levou para o matagal, onde estuprou e matou a mulher, além de tentar matar o homem.
 

Nesta quinta (7), a 7ª Vara Criminal da Capital, onde tramita o processo, publicou o relatório do caso. O júri popular vai ser no Fórum do Barro Duro, também na capital alagoana. De acordo com o processo, seis pessoas serão ouvidas, entre elas o sobrevivente do crime.

O documento relata que, no dia 15 de outubro de 2019, por volta de 1h30 da madrugada, em uma zona de mata por trás da sede da empresa Braskem, no bairro Pontal da Barra, o policial, mediante grave ameaça, estuprou a jovem Aparecida Rodrigues Pereira, de 18 anos.

Após o crime, ele a matou com dois tiros. Na mesma ocasião, Josevildo Valentim atirou contra Agnísio dos Santos Souto, que sobreviveu após fingir estar morto.

Segundo narra a denúncia, já no início da madrugada, as vítimas estavam conversando na porta da casa de Aparecida, na Ponta Grossa, quando, de repente, o policial passou de carro e parou, mostrando um revólver calibre 38 para as duas. Em seguida, ele teria ordenado que os dois entrassem no carro. Agnísio foi colocado na mala e Aparecida foi no banco do passageiro.

O policial seguiu com as vítimas no interior do veículo até um local ermo, onde ele estuprou Aparecida sob a mira de uma arma. Agnísio foi mantido na mala do automóvel.

Após o estupro, o policial tirou Agnísio da mala do carro e teria mandado que a mulher praticasse sexo oral nele. Nesse momento, de acordo com o inquérito, o PM atirou contra Aparecida, que caiu e morreu no local.

Logo em sequência, o PM teria atirado também contra o homem, que caiu e fingiu estar morto. Consta na denuncia que, na manhã do dia seguinte, por volta das 7h10, o policial voltou à cena do crime para atestar o óbito das vítimas, quando se deparou com uma ambulância e foi embora.

A polícia chegou ao acusado a partir de uma informação recebida via Disque-denúncia (181). Ele foi reconhecido pela vítima sobrevivente. Em cumprimento de mandado de busca e apreensão e de prisão preventiva, a Polícia Civil encontrou e apreendeu, na residência do militar, o par de sandálias utilizadas por Aparecida, além de estojos de munições deflagradas no assassinato.

Em depoimento à polícia, o militar confessou os crimes. A esposa do acusado informou, também em depoimento, que ele já havia contado todo o crime para ela.

 

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